FiBrasil vê janela para separação de infraestrutura entre ISPs

Operadora de redes neutras que tem a Vivo entre as sócias, a FiBrasil também entende que a separação de infraestrutura e clientes entre provedores regionais deve começar a ocorrer no Brasil, abrindo possibilidades de aquisição.

"Já conversamos com os top 30 ISPs do Brasil e alguns deles têm falado de separação de infraestrutura, porque no final eles vêm que vai virar cada vez mais um commodity", afirmou ao TELETIME o CEO da FiBrasil, André Kriger, após debate no Encontro Nacional da Abrint.

"Alguns deles estão mais abertos e outros preferem o modelo mais verticalizado. O mercado é grande: uns vão achar bom, outros vão falar nem pensar, mas queremos trabalhar com os dois", prosseguiu Kriger.

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Mesmo defendendo o racional da opção (como ganhos de escala para um operador neutro), o executivo pontuou que não é a FiBrasil que tem colocado a ideia na mesa, mas sim os próprios provedores regionais. Na última quarta-feira, o Santander também havia abordado a opção.

Por outro lado, durante o evento da Abrint, outros empresários do segmento sinalizaram sequer cogitar abrir mão da infraestrutura – o que, para muitos, significaria o mesmo que a saída do mercado.

Clientes

Durante debate sobre as redes neutras nesta quinta-feira, 9, associados da Abrint também vocalizaram preocupações do segmento com o modelo. Entre eles, o receio de deixar os clientes "nas mãos" de um player com ligação societária com concorrentes de maior porte.

Pelo lado da V.Tal (fruto da separação das redes de fibra da Oi), o diretor comercial Pedro Luiz Arakawa afirmou que a chegada dos fundos do BTG Pactual para o papel de controlador deve dirimir receios entre oventuais clientes.

"Não passa pela cabeça um investimento desses sem a neutralidade, pois ele não se sustenta com um único cliente. Assim que a Anatel aprovar, a Oi não será mais controladora da V.tal: serão os fundos do BTG, com um CEO e conselho independentes", afirmou Arakawa, em palestra no evento. Entre aquisição (R$ 13 bilhões) e investimentos até 2025 (R$ 30 bilhões), o aporte total na operação é de R$ 43 bilhões de reais.

No momento, a V.tal reporta duas dezenas de contratos assinados para redes neutras junto a provedores; os clientes incluem a Vero Internet e a própria Oi.

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