Campanha "anti-cotas" da ABPTA não tem apoio da ABTA

Nesta semana, a Associação Brasileira de Programadores de TV por Assinatura (ABPTA) iniciou uma campanha publicitária criticando a política de cotas para divulgação de conteúdos nacionais nas televisões pagas, instituída pelo PL 29/2007, que pretende dar um novo ordenamento legal para este ramo das telecomunicações. A campanha reativa uma antiga iniciativa da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), realizada em 2007, e acabou dando a entender que esta entidade estava unida na ação de combate às cotas, o que de fato não ocorreu.
O imbróglio entre as duas campanhas – da ABPTA, em vigor, e da ABTA, fora do ar desde 2007 por ordem do Conar – se deu por conta de um site na Internet indicado na propaganda dos programadores para que o consumidor se manifestasse contra as cotas e a favor da "liberdade de escolha", como invoca a peça publicitária. O site, de responsabilidade da Sky, segundo a ABTA, continha a logomarca desta associação, o que induzia os visitantes a interpretar que tanto ABPTA quanto ABTA estavam unidas na iniciativa.
Segundo informações oficiais da ABTA, a associação não sabia do início da campanha da entidade dos programadores e nada tem a ver com a nova peça publicitária. Tão logo tomou conhecimento da iniciativa e de que a logomarca da entidade continuava exposta no site www.liberdadenatv.com.br – usado também na campanha de 2007 – tomou providências para que a Sky atualizasse a página. Assim, a logomarca da ABTA foi substituída pela da ABPTA. A campanha dos programadores continua sendo veiculada nas TVs pagas.

Notícias relacionadas
Enquanto isso, a ABPTA mantém o tom agressivo com relação ao PL 29. Segundo o texto do site da assoicação, o "projeto de Lei n° 29/07 pretende obrigar os consumidores a adquirirem canais nacionais definidos pelo Governo. Ou seja, o consumidor não poderá mais escolher o pacote mais adequado aos seus interesses, já que o governo irá definir o que os consumidores poderão assistir no horário nobre e quais canais poderão ser adquiridos pelos consumidores". Cabe ressaltar que o PL 29 não estabelece quais serão os canais, mas apenas a cota mínima de canais nacionais que cada operadora terá que cumprir.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!