Inclusão de mulheres fortalece para o desenvolvimento sustentável no setor de TIC

Foto: Marcos Urupá

A busca por mecanismos que estimulem a participação de mais mulheres é um dos grandes desafios a serem superados para se ter de fato um mercado de tecnologia desenvolvido e economicamente sustentável. Essa é a avaliação que Sérgio Sgobbi, Diretor de Relações Institucionais da Brasscom, fez durante o Fórum de Educação organizado pela Huawei, que aconteceu em Brasília nesta quinta-feira, 7.

"Sustentabilidade passa por garantir equidade no mercado de trabalho de tecnologia.. Elas representam 70% da sociedade. Estamos falhando nisso. Coloco aqui o desafio de crescer mulheres no setor de tecnologia. Precisamos delas, e precisamos de profissionais capacitados", disse Sgobbi.

Ele informou que em 2023 o setor de TIC empregou 2 milhões de trabalhadores formais, com carteira assinada, sendo que nesses números, houve um aumento, pequeno, de mulheres de 1,5% comparado com o ano anterior. Em 2023, mulheres cresceram 1,5% na força de trabalho. Mas, precisamos de mais mulheres", disse.

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Mudança de mentalidade

Sérgio Sgobbi defendeu a necessidade de uma mudança de mentalidade como a principal estratégia para incluir mulheres no setor de TIC.

"Se eu pego as olímpiadas de matemática, as idades mais tênues, a média é de 50% de homens e 50% de mulheres. Quando a idade vai aumentando, aumenta a participação de homens, e de mulheres diminui. Isso mostra que precisamos estimular nossas meninas a serem também da área de tecnologia", afirmou.

Isso, avalia o representante da Brasscom, seria uma forma de garantir o reflexo da sociedade no setor de TIC. "A tecnologia deve refletir a sociedade. E precisamos garantir isso na tecnologia", disse.

Se depender das associações setoriais, mulheres sempre serão maioria. Marcos Ferrari presidente da Conexis Brasil Digital, destacou que na entidade, 60% dos postos são ocupados por mulheres, e 2/3 da diretoria são ocupados por mulheres. "As associações nesse quesito, estão fazendo a parte delas", disse Ferrari.

Formação é fundamental

Outro assunto que também foi discutido no segundo painel do Fórum de Educação da Huawei foi sobre formação. Claudio Alex, diretor da Secretaria de Educação Tecnológica do MEC, disse que esse é um ponto chave na pasta, e que o Ministério da Educação tem o entendimento de que a educação profissional e tecnológica é um grande vetor de desenvolvimento da sociedade, quando o assunto é tecnologia. "A rede federal promove muito a inovação, e a Huawei é fundamental parceira nesse processo", disse.

Marcos Ferrari, presodente da Conexis Brasil Digital, apontou que o setor de telecomunicações, especificamente as operadoras, são as grandes demandantes de uma mão-de-obra qualificada. "Nós, de maneira geral, somos demandantes de mão-de-obra qualificada. A nossa demanda é cada vez mais especializada em algumas formações, porque nós entendemos que é necessário que haja uma qualificação maior", disse Ferrari.

O dirigente da Conexis acredita que tanto o Sistema "S" quando os Institutos Federais podem servir para formar essas pessoas para atender o mercado de telecomunicações.

O diretor do Inatel, Carlos Nazareth, destaca que a formação de um profissional demora, e é importante que exista no país uma política que estimule a entrada de jovens e meninas nas escolas, assim como, é preciso formar professores. "Todo ano, ouvimos que das escolas que não se consegue terminar o conteúdo de matemática. Temos conteúdos mal ministrados, porque não temos professores. Precisamos formar meninos e meninas com uma visão diferenciada sobre a tecnologia", afirmou o diretor do Inatel.

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