A banda larga fixa brasileira continuou a crescer em setembro, segundo dados da Anatel divulgados nesta quarta-feira, 9. Mas o mês mostrou também alguns fatos inéditos: enquanto a base tem migrado para velocidades maiores em média, houve pela primeira vez em anos uma redução na quantidade de acessos com velocidade de pico. Em geral, o saldo ainda é positivo na tendência de velocidades acima de 12 Mbps, que, também pela primeira vez, passaram a ser um terço do total no País (33,58%, ou 8,906 milhões de acessos).
Em setembro, pela primeira vez, as velocidades entre 12 Mbps e 34 Mbps superaram a faixa de 512 kbps a 2 Mbps. Com 7,053 milhões e 6,927 milhões de acessos, ficaram respectivamente com participação de 26,59% e 26,12%. Enquanto as velocidades mais brandas caíram 1,21% no mês e 9,75% no ano, as conexões entre 12 Mbps e 34 Mbps cresceram 2,88% no mês e 39,89% no comparativo com igual período de 2015. Confira no gráfico abaixo.
Esse crescimento anual só não é maior do que o da faixa de velocidades acima de 34 Mbps, que avançou 46,14%, apesar de ter recuado 0,07% no mês (1.310 desconexões). No total, foram 1,852 milhão de acessos, correspondente a 6,98% do mercado. Uma queda nessas velocidades consideradas como "ultra banda larga" foi registrada pela última vez em abril de 2014 – embora esse período tenha havido provavelmente um erro de contagem de base, uma vez que toda a perda foi recuperada com ganho dobrado no mês seguinte. Desconsiderando isso, outra queda em banda larga acima de 34 Mbps só foi registrada em agosto de 2011.
A faixa dominante no mercado brasileiro ainda é a que se posiciona entre 2 Mbps e 12 Mbps, que tinha em setembro 36,41%. É uma queda de 3,68 pontos percentuais no comparativo anual, entretanto. São 9,655 milhões de conexões após queda de 0,70% comparado a agosto e 5,30% no comparativo com setembro de 2015. Já os acessos até 512 Kbps totalizaram 1,033 milhão de linhas, queda de 2,81% e 17,42% no mês e no ano, respectivamente.
