Governo dos Estados Unidos recomenda desmembramento do Google

Imagem: Sarah Blocksidge/Pexels

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ, na sigla em inglês) propôs nesta terça-feira, 8, um desmembramento da empresa Google. Segundo o órgão, a ideia é separar os modelos de negócio da plataforma, que já foi julgada por operar um monopólio qualificado como ilegal.

Segundo o DoJ, são necessárias mudanças estruturais na plataforma, para impedir que a big tech use seu navegador Chrome, sua loja de aplicativos Google Play Store, e seu sistema operacional Android para obter vantagens no seu buscador.

Para o DoJ, é importante que estes serviços estejam separados do seu buscador, que é alimentado com dados obtidos nesses outros serviços. O governo dos EUA também que o big tech não possa mais pagar para que o seu buscador seja o padrão em dispositivos, uma prática que, segundo as acusações, prejudica a concorrência.

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O Departamento de Justiça também recomenda que o Google seja proibido de usar ou manter dados que se recuse a compartilhar com outras empresas.

O documento publicado pelo DoJ nesta terça é uma versão preliminar, que será finalizado em novembro.

O que diz o Google

Por meio do seu blog, o Google manifestou preocupações pelo fato do DoJ já esteja sinalizando solicitações que vão muito além das questões jurídicas específicas às quais a plataforma responde do poder judiciário americano.

Para a plataforma, o governo deveria se ater ao processo que será analisado ano que vem, que envolve um conjunto de contratos de distribuição de pesquisa e não seguir uma agenda trará impacto em inúmeras indústrias e produtos, com consequências indesejadas significativas para os consumidores, as empresas e a competitividade americana.

"O esboço do DOJ também surge num momento em que a concorrência na forma como as pessoas encontram informação está a florescer, com todos os tipos de novos participantes emergentes e novas tecnologias como a IA a transformar a indústria", diz a big tech na sua defesa.

Além disso, a plataforma argumenta que obrigar o compartilhamento de suas consultas de pesquisa, cliques e resultados com concorrentes coloca em risco sua privacidade e segurança. Assim como, separar o Chrome ou o Android iria causar sérios danos de manutenção dos seus serviços. "Investimos bilhões de dólares no Chrome e no Android. O Chrome é um navegador seguro, rápido e gratuito e seu código-fonte aberto fornece a espinha dorsal para vários navegadores concorrentes. Como tanto o Chrome quanto o Android ajudam as pessoas a acessar a Web e a usar nossos produtos, nós os oferecemos (e o código subjacente) gratuitamente. Poucas empresas teriam a capacidade ou o incentivo para mantê-los em código aberto ou para investir neles no mesmo nível que nós", diz o Google..

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