Demanda de ISPs por equipamentos cresceu durante crise, afirma WDC Networks

O impacto econômico gerado pela pandemia de covid-19 não afetou a afetou a demanda por equipamentos dos provedores regionais de Internet, que chegaram inclusive a ampliar o apetite para novas áreas de atuação, de acordo com a distribuidora WDC Networks.

O investimento dos chamados ISPs teria atingido um pico no auge da crise, resultando em três recordes mensais consecutivos no faturamento da empresa entre março e maio. Desde então, o segmento tem ampliado o leque de contratações, segundo o CEO da fornecedora, Vanderlei Rigatieri.

"Esse ano lançamos uma divisão de energia solar e tem uma parte dos provedores que está interessada tanto em usar a opção para gerar energia para uso próprio nas radiobases e em filiais quanto em vender o kit de geração fotovoltaica para clientes", afirmou o executivo.

Notícias relacionadas

Soluções de automação residencial e até mesmo tecnologias como câmeras termográficas (usadas na medição de temperaturas) são outros exemplos de produtos cuja procura tem crescido entre ISPs. As tecnologias são depois embarcadas em pacotes turbinados de banda larga fixa para o segmento B2B ou residencial.

Assinatura

Segundo Rigatieri, o modelo de tecnologia como serviços (ou TaaS) no qual a WDC Networks atua tem permitido a realização dos investimentos pelos ISPs. Ele funciona como uma espécie de "assinatura da tecnologia", no qual equipamentos são alugados pelos clientes.

O formato não é utilizado no negócio de fibra (que é vendida de forma financiada), mas já é bastante comum na camada eletrônica das redes dos ISPs (como modems, centrais, roteadores, switches, equipamentos DWDM, entre outros). Segundo Rigatieri, franqueadas das marcas Vivo e Algar também utilizam a opção.

Com forte presença entre as empresas regionais, a WDC Networks distribuiu pelo menos uma dezena de marcas em telecom, incluindo a fabricante de fibra ótica FiberHome, parte do portfólio da Nokia e demais provedoras como ECI, Easy4Link, TP-Link e D-Link.

IPO

Se por um lado a maior demanda por conectividade durante a crise turbinou as compras por ISPs, o turbilhão econômico gerado pela pandemia de covid-19 também afetou os planos de IPO da WDC Networks. Vanderlei Rigatieri lembra que a empresa já tinha assessores financeiros contratados para o processo (entre eles o BTG Pactual), mas decidiu adiar a decisão.

"Devemos passar de R$ 1 bilhão em vendas em 2020 e a perspectiva é de crescimento acelerado nos próximos anos. Para isso, a gente precisa de capital", afirmou o executivo – destacando que, além de uma oferta pública de ações, um acordo com investidor privado também é alternativa para 2021. A WDC pretende uma capitalização total entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!