Controladora do Banco Espírito Santo declara insolvência em Luxemburgo

A holding portuguesa Espírito Santo Financial Group (ESFG), que detém 25% do Banco Espírito Santo, anunciou que deu entrada em Luxemburgo, na Suíça, no pedido de insolvência, ou seja, um primeiro passo para um eventual pedido de recuperação judicial ou falência. O conselho de diretores da empresa divulgou também nesta quinta-feira, 9, por meio de comunicado na Comissão de Mercado de Valores Mobiliários de Portugal (CMVM), que a subsidiária Espírito Santo Financière (Esfil) entrou com o mesmo pedido de insolvência.

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Segundo as empresas, as movimentações aconteceram em decorrência da decisão da justiça do comércio do distrito de Luxemburgo no último dia 3 de outubro, quando recusou as tentativas de aplicação do ESFG e da Esfil para uma "gestão controlada". No entanto, os procedimentos para a intervenção do Espírito Santo Internacional e da RioForte Investiments, os maiores acionistas indiretos da ESFG, continuam.

O pedido de insolvência do ESFG já havia sido especulado em julho, quando as ações da empresa chegaram a ter as negociações suspensas na bolsa de Lisboa. Vale lembrar também que a Portugal Telecom emprestou 897 milhões de euros para a RioForte, quantia que não foi paga e resultou em renegociação e novos termos no processo de fusão com a brasileira Oi.

Mais quedas

Sem surpresa, as ações da Portugal Telecom e da Oi sofrem queda forte em decorrência de mais um problema financeiro envolvendo os negócios do outro lado do Atlântico. Já no fechamento da bolsa Euronext de Lisboa, os papéis da PT caíram 12,92% no dia, e às 14h10, as ações da portuguesa apresentavam recuo de 7,39% na bolsa de Nova York.

A Oi, que apresentara a maior queda da quarta-feira, 8, na Bovespa, após o comunicado de renúncia de seu diretor-presidente Zeinal Bava, voltou a cair ainda mais nesta quinta. As ações ordinárias (OIBR3) mostravam queda de 8,13% na Bovespa, enquanto as preferenciais caíam 7,89%.

Sem conversa com Genish

A operadora emitiu nesta quinta um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil afirmando que não entrou em contato com o CEO e fundador da GVT, Amos Genish, para substituir Bava. "A Companhia também consultou os seus acionistas mencionados na matéria (do jornal Valor Econômico) a respeito dos temas ali tratados, tendo sido informada de que até esta data não há conversas ou negociações com o Sr. Amos Genish com relação ao cargo de Diretor Presidente da Companhia", afirmou a Oi.

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