As vantagens do emprego de aplicações móveis no setor de saúde foram ressaltadas por analistas presentes na Futurecom, nessa terça, 9. A mobilidade pode facilitar o atendimento de moradores de locais remotos, pode agilizar o atendimento dos hospitais e é um meio eficiente na redução de custos. O secretário municipal de saúde do Rio de Janeiro, Hans Fernando Rocha Dohmann, ressalta, contudo, que a conectividade é o maior gargalo para a implementação de projetos que conciliam atendimento de pacientes e ferramentas móveis: “A conectividade é o maior desafio para o gestor de políticas públicas na área de saúde. Hoje é absolutamente necessário o desenvolvimento de infraestrutura”, avaliou.
A despeito do obstáculo de infraestrutura, Dohmann lembrou que a prefeitura do Rio de Janeiro tem insistido nas aplicações móveis: “O uso (da tecnologia móvel) é um movimento inexorável”. Segundo o secretário, todos os medicamentos que circulam na rede municipal são rastreáveis (o que evita desvios e reduz custos) e todas as Unidades Básicas de Saúde utilizam prontuários médicos eletrônicos. Na Unidade Básica de Saúde da comunidade Santa Marta, em Botafogo, está em funcionamento até dezembro um projeto-piloto em que pacientes com dificuldade de locomoção podem ser atendidos em casa com equipamentos que enviam por 3G os dados da consulta para a avaliação do médico na Unidade Básica de Saúde. Mais de 200 pacientes já foram atendidos nesse projeto, mas sua viabilidade econômica ainda está sendo analisada.