Fornecedores alertam para o risco de se subestimar tráfego 4G

O problema já aconteceu no 3G e pode reaparecer nas redes 4G: se as operadoras subestimarem o aumento do tráfego de dados, haverá gargalos e a experiência do usuário será prejudicada. Esse foi um dos recados passados por executivos de fornecedores presentes em painel sobre o 4G no Brasil realizado nesta terça-feira, 9, na Futurecom.

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Juan Pablo Anadón, diretor de soluções da Alcatel-Lucent, recomendou que as operadoras analisem com antecedência os terminais 4G que serão lançados para planejar suas redes 4G. "É o handset quem puxa o tráfego. É preciso tentar prever o que vai acontecer", disse. Tarcísio Ribeiro, vice-presidente da Tellabs para Europa, Oriente Médio e África, concordou e lembrou o caso do iPhone 5, que em apenas três dias de vendas já conquistou 6% do tráfego móvel na operadora norte-americana AT&T.

Outra maneira de garantir a qualidade da experiência do usuário é investir em redundância. Alessandro Feitosa, consultor sênior da Juniper Networks, afirmou que notou uma crescente preocupação em torno do tema nas RFPs para 4G das quais participa no Brasil este ano. O País, contudo, ainda está muito distante de outros mercados no que tange à redundância na rede de acesso. O Brasil tem cerca de 55 mil ERBs, a mesma quantidade da Inglaterra, que tem um quarto da população brasileira e 1/34 avos da área. "O custo de redundância concorre com impostos, investimento em fibra, dificuldade de se conseguir autorizações para novas antenas etc. Enquanto isso for desigual, as redes do Brasil vão sofrer do ponto de vista de redundância", analisou José Augusto de Oliveira Neto, CTO da Huawei.

O 4G no Brasil terá ainda o desafio da cobertura indoor: a alta frequência adotada para esse serviço (2,6 GHz) tem menor penetração em ambientes fechados. A solução pode estar na adoção de femtocells.

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