Uma fonte adicional de preocupação do Banco Safra em relação à dívida da BCP: parte das debêntures emitidas pela operadora foi absorvida por fundos de investimentos administrados pelo próprio banco, controlador de 44,5% da empresa. Ou seja, com o default defendido pela sócia Bell South, o Safra tem a sua imagem duplamente desgastada, junto a bancos credores (liderados pelo ABN Amro) e junto a seus próprios clientes.
Já a Bell South, está em franca campanha de boas relações com o mercado nos Estados Unidos. E há uma boa onda na bolsa, onde as ações da companhia (na operação fixa) tiveram uma alta muito forte, de 6,28% em cinco dias, contra baixa de 2,5% do índice Dow Jones. O CEO da Bell South, Duane Ackerman, obtém uma exposição maior na mídia para explicar a situação da empresa.
Apesar de seus graves problemas nos próprios Estados Unidos e Europa, a Bell South vem atribuindo muita importância a seus prejuízos na América Latina, onde teria perdido, só com desvalorizações das moedas locais, US$ 354 milhões. Citando problemas políticos, queda de renda e recessão, o porta-voz da Bell South, Jeff Battcher, disse à imprensa local que há muita coisa fora de controle da companhia na América Latina.
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