Com a crescente digitalização de serviços, o setor de telecomunicações brasileiro deve movimentar R$ 158,8 bilhões neste ano, o que representa crescimento de 20,3% em relação a 2019, segundo Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em nota divulgada nesta quinta-feira, 9. A informação tem como fundamento a pesquisa IPC Maps, especializada em avaliar o potencial de consumo dos brasileiros, com base em dados oficiais do IBGE.
O levantamento indica que, entre 2019 e 2020, o potencial de consumo neste setor subiu 5,5%: de R$ 131,9 bilhões para R$ 139,2 bilhões. O ano de 2021 manteve a tendência de alta.
O estudo leva em conta as despesas dos consumidores com aquisição de aparelhos e manutenção de telefonias fixa e móvel, bem como contratação de pacotes de TV, telefone e internet.
À Febraban, Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, explicou que a alta no setor de telecomunicações foi impulsionada pela necessidade imposta no início da pandemia de equipar e/ou incrementar as residências para conseguir atender às demandas, tanto do trabalho a distância, quanto das aulas online. Além disso, esse aumento progressivo mostra que para muitas empresas o home office veio, de fato, para ficar, mesmo após a pandemia, seja de modo permanente ou regularmente", afirma.
5G no radar
Segundo estudo da Bain & Company, a quinta geração de internet móvel será responsável por 35% de todas as conexões móveis no Brasil até 2025 e corresponderá a 81% até 2030. Ainda de acordo com a pesquisa, o mercado do 5G deve alcançar receita líquida de R$ 74 bilhões em 2030, valor que em 2022 ficará em R$ 4 bilhões e deve chegar a R$ 13 bi em 2023.
No setor financeiro, a expectativa é que o 5G vai abrir caminho para o surgimento de novos serviços digitais e aplicações mais sofisticadas de detecção de fraude, por exemplo.