O mercado de tablets vem perdendo força de um ano para cá em razão da popularização dos phablets (smartphones com tela acima de 5,5 polegadas) e também por causa de seu ciclo de vida mais longo. Na tentativa de gerar uma reviravolta nessa categoria, a Apple apresentou nesta quarta-feira, 9, o iPad Pro, o primeiro da série com foco no uso profissional.
O iPad Pro tem uma tela maior que todos os tablets lançados anteriormente pela Apple: 12,9 polegadas. Sua largura é igual à altura do iPad Air 2, para se ter uma ideia. E pela primeira vez foram incluídos quatro alto-falantes, que ajustam o áudio de maneira dinâmica de acordo com a posição do usuário. Embora essas características façam com que o iPad Pro ofereça uma sensação de imersão maior em filmes e games, o público alvo da Apple é mesmo o mercado corporativo. Por isso, foram apresentados também dois acessórios: um teclado físico para ser acoplado ao aparelho e uma caneta stylus, batizada como Pencil (lápis em inglês). O Pencil consegue capturar a pressão do desenho e o ângulo em relação à tela, alterando o traço desenhado. Isso faz dele um acessório interessante para qualquer profissional que lida com desenho, como arquitetos e ilustradores. O lápis eletrônico da Apple custará US$ 99 e o teclado, US$ 169.
Foram demonstradas algumas aplicações profissionais para o produto. Novas versões do Office da Microsoft estarão disponíveis para o iPad Pro agora com compatibilidade com o Pencil. A Adobe, por sua vez, apresentou apps de diagramação e de edição de imagens feitos para o iPad Pro. E uma empresa de m-health demonstrou uma espécie de atlas de anatomia que permite navegar pelo corpo humano também com auxílio do lápis eletrônico da Apple.
O iPad Pro tem chip A9x, de 64 bits. Segundo a Apple, o tablet é mais rápido que 80% dos PCs comercializados no mundo nos últimos 12 meses. Sua espessura é de 6,9 mm (o iPad Air 2 tem 6,1 mm). O produto chegará às lojas em novembro com os seguintes preços: US$ 799 (32 GB), US$ 949 (US$ 128 GB) e US$ 1.079 (128 GB com LTE).