Para indústria de games, fragmentação da plataforma dificulta massificação dos aplicativos

Não há dúvidas de que a distribuição de games em um futuro próximo acontecerá principalmente através da Internet, bem como de que a TV conectada (através de sua própria plataforma, de Blu-ray players, caixas over-the-top ou mesmo de set-top boxes da TV por assinatura) terá papel importante neste mercado. Em painel durante o IBC 2001 nesta sexta, 9, no entanto, desenvolvedores de games apontaram que há ainda um importante desafio a ser superado. Para eles, a fragmentação das plataformas deve ser um problema para publicar jogos. O uso de padrões na indústria, como a linguagem HTML5 ou o SDK único proposto pela Phlips (com adoção da LG, Sharp e Loewe) pode resolver a questão do desenvolvimento multiplataforma, diz Simon Protherer, diretor da Eidos Online. No entanto, pode ser um problema para o desenvolvimento de jogos mais pesados, diz o executivo. Para Michael Lantz, CEO da Accedo Broadband, uma empresa especializada em "casual games", jogos com interfaces gráficas mais simples, esta não é uma grande limitação. "Temos muito mais recursos com o hardware e as linguagens disponíveis hoje do que tínhamos há alguns anos com os set-top boxes", disse o executivo, questionado sobre a demanda por processadores mais potentes nos dispositivos conectados.

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O maior problema da fragmentação das plataformas, diz Lantz, é a cobrança. "Nenhum fabricante criou uma plataforma de pagamento que funcione. Ninguém consegue copiar o modelo da Apple, que tem 200 milhões de cartões de crédito cadastrados e aval dos consumidores para fazer o que quiser com isso", ironiza.

Mercado ampliado

Segundo Simon Protherer, os dispositivos conectados devem ajudar a ampliar o mercado de games. O usuário médio de jogos dos principais consoles, diz ele, são homens de 23 anos. Contudo, em outras plataformas, jogos como Farmville (Facebook) e Angry Birds (smatphones) consegue atingir público de idade mais variada e de ambos os gêneros.

Quem também busca a funcionalidade das TVs conectadas é a Endemol, que conta com uma unidade de games desde 2010. Segundo o diretor da área Jurian van der Meer, depois de licenciar diversos jogos baseados em seus programas, a Endemol resolveu entrar na área de pub;icação de games. "É excitante quando 12% da audiência está jogando 'ao vivo'", diz. O fato de haver um volume relevante de pessoas conectadas simultaneamente também torna os jogos atraentes ao mercado publicitário. "Agora não criamos mais jogos baseados nos programas, mas jogos que fazem parte deles", diz. Para o diretor da Endemol Games, as TVs conectadas deve se tornar importantes plataforma para este tipo de jogo.

Evento no Brasil

A Converge Comunicações organiza, no dia 8 de novembro, o TV.APPs, um debate sobre o novo ecossistema da interactividade e conectividade na TV. O evento criará um ambiente para a aproximação de desenvolvedores de softwares, detentores de plataformas de Smart TVs, fabricantes de televisores e caixas over-the-top. Mais informações pelo site do evento.

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