Operadoras devem assumir protagonismo em mobilidade corporativa

O modelo comercial e operacional que irá vingar no setor de mobilidade corporativa é o baseado em um único vendor (one stop shop). Cabe às operadoras assumirem esse protagonismo, uma vez que são as únicas capazes de oferecer requisitos indispensáveis ao setor, como capilaridade, confiabilidade, velocidade e simplicidade. Esse consenso norteou o primeiro painel do 2o Mobile Plus, realizado esta semana em São Paulo e promovido pelas revistas TELETIME e TI Inside.
Segundo Renato Ciuchini, diretor do segmento Top Client da TIM, a capilaridade é um dos atributos intrínsecos das operadoras mais relevantes que conferem às operadoras grande diferencial e competência para a liderança na cadeia de suprimentos de soluções de mobilidade corporativa. A operadora possui uma área de mobilidade corporativa com 200 vendedores e 50 engenheiros de soluções, além de aproximadamente 350 desenvolvedores de aplicativos. Ciuchini acredita que se as operadoras não centralizarem a oferta e venda de soluções corporativas, outros gigantes da indústria de software, como IBM, SAP e Oracle, o farão.
No entanto, Ciuchini alerta que esse papel de liderança não é um caminho natural dentro das operadoras. "A tentação nas teles é o grande volume, a escala, não a segmentação e alto nível de especialização com que deve ser tratado o setor corporativo", lamenta. Para reverter essa tendência, completa, é preciso ter foco na mobilidade corporativa, deixando sempre muito claro aos clientes todos os benefícios que vêm a reboque com as soluções móveis. O presidente da integradora dedicada ao mercado corporativo Spring Wireless, Marcelo Condé, concorda e aponta o caminho das pedras.

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"As operadoras são os canais naturais da mobilidade no mundo corporativo e precisam oferecer transparência, simplicidade e interoperabilidade entre os aplicativos", diz. Para o consultor de parcerias e novos negócios da Vivo, Fernando Pansan, as pequenas empresas logo entrarão nesse jogo da mobilidade corporativa e a porta de entrada será a das grandes empresas. "As grandes companhias adotarão algumas soluções que, com o tempo, ganharão adesão das pequenas". Ele dá como exemplo soluções de baixo valor agregado, como torpedos de texto e multimídia para fins de força de vendas, que também podem ser utilizados em celulares comuns e aumentar a produtividade e rentabilidade de pequenos negócios. A Vivo conta com uma estrutura com 40 consultores de pré-vendas e cerca de 50 desenvolvedores de aplicativos customizados.
Julio Ramos, gerente sênior de soluções de mobilidade da Microsoft, também acredita que foco em mobilidade corporativa pode trazer um grande potencial de receitas para as operadoras. "Estamos nessa jornada, ajudando as empresas a encarar a mobilidade como fator estratégico do seu business".

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