Unifique deve ampliar receita móvel com 700 MHz, avalia Itaú BBA

Sede da Unifique. Foto: Daniel Zimermann/Divulgação

A autorização da Anatel para o uso secundário da frequência de 700 MHz em 565 cidades de Santa Catarina e Rio Grande do Sul pode ajudar a incrementar as receitas da Unifique ao longo do tempo, aponta relatório do Itaú BBA.

"Desde o primeiro trimestre de 2024, a empresa começou a reportar receitas com 5G, que alcançaram uma receita bruta ainda modesta de R$ 1 milhão. Embora o valor seja baixo, ele tem o potencial de ajudar a aumentar a receita da empresa ao longo do tempo", afirmou o documento do banco, assinado pelo analista Thiago Kapulskis.

Nesta linha, o Itaú BBA destaca a autorização para o uso secundário da frequência de 700 MHz pela Unifique em 565 cidades de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A empresa recebeu tais licenças da Anatel em julho.

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"O 700 MHZ nos dá a oportunidade de conseguir fazer mais cobertura com menos sites, intercalando o 5G com 4G, e isso com certeza faz a gente acelerar [as implantações]. Nós assumimos o compromisso junto ao agente regulador de implantar [estações] em 18 meses", recordou o CEO da Unifique, Fabiano Busnardo, em call com analistas de bancos na última quinta-feira, 8. 

Dessa forma, a operadora prevê investir cerca de R$ 150 milhões nos próximos 12 meses para instalar entre 300 a 500 ERBs (estações rádio base) de telefonia móvel na região onde tem licenças. 

Além disso, a previsão é que as implantações ocorram a um custo bastante inferior na comparação com o 3,5 GHz. Em condições de mercado que estavam sendo praticadas, cada ERB vinha custando em torno de R$ 300 mil; com o sinal verde do regulador para uso dos 700 MHz, estações podem custar entre US$ 19 mil e US$ 50 mil, acrescenta o CEO.

Assim, a Unifique trabalha para estender o sinal móvel para 40 cidades até o início de 2025.  Por conta da baixa quantidade de aparelhos homologados, além da necessidade de investimentos, porém, a operadora catarinense entende que um avanço mais considerável da tecnologia deve ocorrer apenas em 2026. No momento a empresa tem 5G em seis cidades: cinco em Santa Catarina e uma no Rio Grande do Sul. 

"A gente não está atropelando nada. O 5G é uma tecnologia nova e o mercado de smartphones que está posto aí precisa passar por atualização. Então, também não podemos acelerar demais, porque senão a gente sai muito na frente", afirmou Busnardo. 

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