Novo foguete Ariane 6 é lançado com sucesso, mas apresenta anomalia em fase final

Foguete Ariane 6 é lançado pela primeira vez na Guiana Francesa. Foto: Agência Espacial Europeia

A Agência Espacial Europeia e a Ariane lançaram com sucesso nesta terça, 9, a primeira missão do novo foguete de alta capacidade Ariane 6, que substitui o Ariane 5 (um dos mais exitosos foguetes de lançamento da história) e que devolve plenamente aos países europeus que participam do programa a capacidade de colocar satélites comerciais e estratégicos em órbita.

O lançamento se deu na já tradicional base de lançamentos de Kourou, na Guiana Francesa, e obteve sucesso tanto nos aspectos relacionados ao voo, incluindo os novos motores de estágio secundário Vinci (que voavam pela primeira vez), quando à carga: foram colocados em órbita, com sucesso, pequenos satélites de uso científico.

Houve, contudo, uma anomalia na fase final da missão, quando eram analisados outros parâmetros técnicos do comportamento e preparação para a separação de encerramento da missão: a unidade de potência do módulo (APU) não funcionou e com isso os foguetes não puderam ser religados para colocar o artefato na trajetória esperada de reentrada na atmosfera. A Ariane e a ESA não deram mais detalhes sobre as consequências e causas desta falha para missões futuras. Especialistas analisam o sucesso da missão em 85%.

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O Ariane 6, ao contrário dos foguetes da SpaceX, não utiliza nenhuma tecnologia reaproveitável, sob a alegação de que foi projetado para lançamentos mais espaçados e de missões mais críticas. MAs uma das críticas que a comunidade de satélites faz à abordagem da Ariane é justamente a de não ter investido em uma tecnologia mais acessível, como é a da SpaceX, ainda que os custos de lançamento sejam considerados significativamente menores no Ariane 6.

Entre os mais de 30 lançamentos já programados para o Ariane 6 estão inclusive satélites da Amazon que formarão a constelação Kuiper, concorrente da Starlink. A Amazon deve utilizar vários lançadores, de diferentes fabricantes, para colocar sua constelação em órbita.

Havia uma grande apreesão sobre o sucesso do Ariane 6, um projeto que chega com quatro anos de atraso. Assim como seu antecessor, o Ariane 6 é desenhado para colocar praticamente qualquer tipo de missão em órbita.

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