Anatel garantirá espaço na faixa de 700 MHz para a segurança pública

O presidente da Anatel, João Rezende, informou nesta terça, 9, em audiência pública na Câmara dos Deputados, que será destinado um pedaço da faixa de 700 MHz para a segurança pública. A destinação atende ao pedido do Exército e de forças policiais como a do Estado de São Paulo, que reivindicam um pedaço da faixa para implantar suas redes de LTE. A proposta de destinação da faixa foi a consulta pública sem essa previsão, mas, segundo o presidente da Anatel, será incluída na versão final.

Rezende disse, contudo, que tem dúvidas sobre a capacidade financeira dos Estados em construir redes LTE. "O que temos dúvida é que 90% dos estados brasileiros não têm recursos para construir redes LTE", declarou Rezende. Para solucionar esse problema, Rezende disse que será estudada a possibilidade de esse espectro ser compartilhado entre as forças de segurança. "Poderíamos pensar se o Exército e a PM (Polícia Militar) de São Paulo poderiam por exemplo usar a mesma rede", disse ele.

O general Antonino Santos Guerra, comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, um dos que se manifestaram publicamente pela destinação de um pedaço da faixa para a segurança pública, ressaltou a importância de que as forças de segurança pública tenham uma rede própria, independente, portanto, das redes operadas pelas teles.

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Durante a maratona de Boston, em que bombas explodiram no meio da multidão, as redes das operadoras foram desligadas porque suspeitava-se que outras bombas pudessem ser acionadas pelo telefone celular.

O Exército testa em Brasília uma rede LTE em parceria com a Motorola. A rede dos militares cobre todo o Plano Piloto e foi importante, relata o general, na visualização das manifestações que aconteceram em Brasília. O pleito do Exército é de que seja destinada uma faixa de 10 MHz + 10 MHz para a segurança pública. Com esse espaço, a velocidade das transmissões de dados poderia chegar a 100 Mbps. Hoje o Exército em Brasília tem autorização em caráter precário para a utilização de um bloco de 5 MHz + 5 MHz, que permite alcançar uma velocidade de 30 Mbps. Caso a banda designada para a segurança pública seja essa, haveria a necessidade de reduzir o espectro reservado a operações comerciais, permitindo, com capacidade plena do LTE, apenas três operadoras operando em 15 MHz + 15 MHz.

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