A Oi tem até o dia 19 de novembro para recuperar o valor das suas ações ordinárias para o patamar mínimo de R$ 1. Em fato relevante divulgado na noite da última sexta-feira, 6, a operadora informou que foi notificada pela B3, a bolsa de valores brasileira, sobre a cotação dos seus papéis.
No caso, as ações ordinárias da Oi vêm sendo negociadas abaixo de R$ 1 desde 1º de abril. Na manhã desta segunda-feira, 9, por exemplo, a ação estava cotada a R$ 0,67.
A B3, portanto, solicitou que a empresa divulgue os procedimentos e o cronograma a serem adotados para recuperar o valor das ações. A Oi, por sua vez, indicou que cogita realizar "um eventual novo processo de grupamento de ações". A alternativa deve ser deliberada pelos acionistas em assembleia geral extraordinária, em data ainda a ser marcada.
Vale lembrar que, caso a opção pelo grupamento de ações venha a ser escolhida, não é algo novo para a Oi. Em maio do ano passado, a operadora realizou um procedimento semelhante na proporção de 10:1 – juntou dez ações em uma, elevando o preço do papel. Inclusive, em dezembro de 2022, quando enfrentava o mesmo problema do baixo valor das ações, já tinha feito o mesmo processo.
Penny stocks
A B3 tem regras para ações que valem menos do que R$ 1, as chamadas "penny stocks". Inicialmente, quando o papel passa mais de 30 pregões abaixo do valor mínimo, a empresa é notificada e solicitada a adotar mecanismos para elevar a cotação, como o grupamento de ações.
Caso a situação não se resolve, a B3 confere até seis meses para a companhia recuperar a cotação mínima exigida das ações. Se o valor de R$ 1 não for alcançado até o fim do prazo, a bolsa pode suspender as negociações ou até mesmo excluir a listagem da empresa.
