A Comissão de Estudos 20 UIT-T, grupo da União Internacional de Telecomunicações (UIT) dedicado à Internet das Coisas, Comunidades e Cidades Inteligentes, aprovou na última semana de maio um documento de referência a países interessados em nortear o desenvolvimento dos ecossistemas digitais relacionados à Internet das Coisas (IoT).
O texto, que teve origem a partir de iniciativa da Anatel e do então Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em 2019, apresenta recomendações para a nortear as políticas de implementação das IoTs.
Intitulado "Y.Suppl.68 – Framework for Internet of things ecosystem master plan" (Y.Suppl.68 – Projeto para um plano diretor para o ecossistema de Internet das Coisas, em tradução livre), o texto está disponível no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) da Anatel. O documento será também divulgado pelo Setor de Normatização das Telecomunicações da UIT (UIT-T).
Condições Técnicas
Entre as recomendações aos quase 200 países participantes da UIT, o documento orienta que eles considerem nas suas políticas relacionadas à Internet das Coisas a avaliação de condições técnicas relacionadas à infraestrutura, ao espectro de radiofrequência, à interoperabilidade, à privacidade de dados e à segurança. Deve-se avaliar ainda os domínios ou verticais (ambientes de aplicação de IoT) de maior interesse para o país – como cidades, saúde, indústria, rural – e que seja criado um plano de ação considerando a visão e os objetivos estratégicos e específicos de cada domínio de interesse.
O Framework foi baseado nos trabalhos da Câmara IoT, iniciativa multissetorial brasileira, e, em especial, no estudo "Internet das Coisas: Um Plano de Ação para o Brasil", desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o MCTIC, que realizou o diagnóstico e fez a proposição de políticas públicas relacionadas à IoT para o Brasil.