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Além dos desafios operacionais, Amazônia Conectada é um desafio burocrático, aponta RNP

A complexidade do programa Amazônia Conectada, que pretende estabelecer uma rede subfluvial de fibra ótica na região Amazônica, tem sido não apenas um desafio operacional, mas também burocrático. O próprio modelo de operação, baseado em um operador neutro, é desafiador, segundo a RNP, que ficou responsável por este processo seletivo e pela implementação da primeira parte do projeto. Segundo Eduardo Grizendo, diretor de engenharia e operações da RNP, “a proposta do operador neutro foi apresentada ao Ministério das Comunicações no primeiro semestre de 2020. Neste momento estamos com a minuta do termo de referência, mas é algo muito novo, que estamos experimentando para essa infovia”, disse o executivo, no event InovaTIC realizado pelo portal Tele.síntese.

Eduardo Grizendo disse que a RNP tem a responsabilidade de entregar um operador neutro mediante um processo licitatório. “Em setembro está previsto a chegada do cabo e até o final do ano teremos esse operador neutro escolhido para operar essa infraestrutura”.

O projeto Amazônia Conectada, diz ele, é um piloto em vários aspectos, incluindo a modelagem de um operador neutro. “Ainda estamos no meio dessa implantação. A empresa Navegação PAX foi a empresa escolhida para passar o cabo da infovia 00, que ligara Macapá a Santarém”, disse o executivo no evento.

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Grizendo informou que os próximos passos do projeto envolvem, além do lançamento do cabo, a realização de um processo de licitatório para elaboração de estudo ambiental. “Também estamos aguardando o fornecimento do cabo, estamos agora publicando a licitação para aquisição dos sistemas que serão usados no projeto”.

Operação complexa

Os investimentos para a construção de uma rede com estas características no Norte do país se tornam maiores por conta das peculiaridades que existem na região. Essa é a avaliação de especialistas de tecnologia que participaram do painel sobre o programa Amazônia Conectada.

O diretor de negócios da Padtec, Argemiro Sousa aponta que a região Norte é bastante complexa, com vários períodos de cheia e outros de seca. Isso dificulta, por exemplo, passagens de cabos nos leitos dos rios, diz ele. Ele também pontuou que as torres de telecomunicações naquela região devem ser significativamente mais altas, pois devem ficar acima da copa das altas árvores.

“Usar o leito dos rios é complexo. Eles possuem correnteza forte, grande volume de água. Mas acredito que é possível termos um sistema estável mesmo nesse ambiente. Ou seja, é possível usar o leito do rio para passar cabos. Mas nesse caso, a manutenção e operação se tornam mais sensíveis, precisarão de mais atenção e periodicidade. O Amazônia Conectada é um programa pioneiro”, disse o executivo.

Eder Ruffeil Cristino, diretor da SEA Telecom, admite que a empresa sentiu dificuldades em fornecer conectividade com qualidade naquela região. “Sempre buscamos com parcerias com a RNP, por exemplo, seguir um caminho para melhorar a qualidade desses serviços”, disse.

1 COMENTÁRIO

  1. Amazônia conectada é um programa do Exército. A RNP está responder implantar a Infovia 00 do PROGRAMA NORTE CONECTADO. A empresa contratada é NAVEGAÇÃO PRATES.

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