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Reestruturação da Oi leva à demissão de executivos e colaboradores

Foto: Bruno do Amaral

A Oi realizou nos últimos dias um corte de 132 funcionários. Esta redução no quadro decorre do processo de mudança tecnológica implementado desde 2019, que envolve a substituição gradual da infraestrutura de cobre por serviços baseados em fibra ótica de alta velocidade. As mudanças também integram uma política que envolvem a otimização de processos, readequação de áreas e simplificação de tomada de decisão em todos os níveis, de maneira alinhada aos objetivos estratégicos da companhia.

A Oi diz que o processo de substituição da infraestrutura de cobre por serviços baseados em fibra ótica de alta velocidade tem exigido também ajustes e adequação das equipes de forma a refletir essa nova dinâmica e atender aos perfis técnicos necessários para o atual momento do mercado de telecomunicações, o que justificaria a reestruturação do quadro de pessoal da empresa.

Segundo a empresa, em posicionamento enviado ao TELETIME, o processo de mudança e transformação de tecnologia atende ao Plano Estratégico da operadora de massificação dos serviços suportados por fibra ótica. “Para isso, a Oi segue implementando diversas ações de simplificação e eficiência de suas operações, incluindo ajustes em sua organização de modo a buscar a sustentabilidade do negócio e a flexibilidade para seguir atendendo, cada vez melhor, às atuais demandas por conexão, comunicação, informação e serviços digitais pela sociedade”, diz a empresa no posicionamento.

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Demissões de terceirizados

João Moura Neto, presidente da Fitratelp (Federação Interestadual dos Trabalhadores e Pesquisadores em Serviço de Telecomunicações) aponta que a migração tecnológica implementada pela empresa já causou nos últimos seis meses a demissão de mais de mil terceirizados que prestavam serviços para a Oi. “A empresa, ao implementar as recentes mudanças, não ouviu a representação dos trabalhadores”, diz Moura.

“Na reunião, cobramos da Oi explicações para as demissões na Serede e Telemont, ocorridas sem que os trabalhadores da rede metálica tivessem a oportunidade de requalificação para fibra ótica. Mais do que isso, denunciamos que os empregados não estão recebendo treinamento para os equipamentos com novas tecnologias nem acesso ao ambiente onde estão instalados”, diz Moura sobre as medidas adotadas pela empresa.

Realocação de receitas

Segundo a empresa, a transformação tecnológica implementada pela empresa prevê uma alocação de receitas e investimentos. “Em decorrência desse processo, sem que haja nenhum impacto de ordem prática na relação de colaboradores com a Oi nem no seu dia a dia com a organização, a companhia também prevê a reorganização de registros corporativos de colaboradores entre as empresas do grupo”, informa a operadora no posicionamento.

A proposta de substituição do cobre para a fibra ótica, diz a empresa, pretende tornar a operadora em uma empresa detentora de uma das infraestruturas mais relevantes do País, garantindo a “sustentabilidade do negócio e a flexibilidade para seguir atendendo, cada vez melhor, às atuais demandas por conexão, comunicação, informação e serviços digitais pela sociedade”.

Recuperação Judicial

Na última semana de maio, a Oi anunciou em fato relevante o adiamento da divulgação do balanço financeiro do primeiro trimestre de 2020. O resultado deverá sair apenas no dia 15 de junho. Segundo a operadora, o motivo é que ela deve apresentar a proposta de aditamento ao Plano de Recuperação Judicial até a mesma data, provavelmente incluindo a possível venda da Oi Móvel.

Essa modificação no plano original é a razão pela convocação da nova Assembleia Geral de Credores, que a companhia tem que realizar até o o dia 6 de novembro deste ano. Oficialmente, o estabelecimento da data de 15 de junho para apresentar a proposta e o balanço financeiro tem como objetivo possibilitar “melhor visibilidade e compreensão pelo mercado, de forma mais contextualizada e abrangente”.

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