Justiça de NY mantém por mais um mês ordem contra Dantas

O Juiz Lewis Kaplan, da justiça de Nova York, adiou novamente o julgamento que aconteceria nesta sexta, 8, da ordem temporária expedida no dia 4 de maio e que impede o Opportunity de ir adiante ou tomar qualquer medida no sentido de tentar substituir os administradores e membros de conselho das empresas onde trava disputa com fundos de pensão e Citibank. O julgamento ficou agora para o dia 10 de julho, ou para o quinto dia útil depois que o Opportunity disser que não concorda mais com o adiamento, o que acontecer antes.
A ordem temporária do dia 4 de maio foi dada depois que o Citibank apontou uma manobra que o Opportunity estaria fazendo na Justiça do Rio de Janeiro para, por meio de uma notificação, abrir caminho para tentar trocar os gestores. A notificação que o Opportunity buscava na justiça fluminense era baseada na decisão da desembargadora Letícia Sardas, que suspendeu a liminar dos fundos de pensão contra o acordo guarda-chuva.
Lewis Kaplan adiou o julgamento após acordo entre as partes (Citibank e Opportunity). Os termos do que foi discutido entre os advogados não são públicos, mas há duas hipóteses sobre as quais se pode especular com relativa segurança: 1) Uma é que Kaplan tenha pedido mais tempo porque se trata de um assunto complexo, que envolve indiretamente a justiça brasileira pois impede Dantas de seguir com sua estratégia jurídica no Brasil quando ela ferir os assuntos que estão sendo tratados pela Justiça de Nova York; 2) Outra hipótese é que Kaplan esteja aguardando uma manifestação das partes sobre um possível entendimento, uma vez que a argumentação de Dantas para recorrer à justiça brasileira é que vê ameaça de não conseguir sair em situação isonômicas das empresas caso fundos e Citi vendam suas partes. Teme ficar minoritário e sem liquidez, segundo sua argumentação à Justiça de Nova York. Assim, segundo entende Kaplan, seria uma querstão de interesses comerciais, sobre as quais ele mesmo sugeriu às partes que se entendessem. O Citi não mostrou objeção a uma negociação, ao que se sabe, ainda que não acredite que conseguirá chegar a acordo com Dantas, já que intui que o Opportunity está, na verdade, apenas criando obstáculos para barrar uma investigação sobre gestão fraudulenta e quebra de dever fiduciário, que são, aliás, os objetos principais do processo movido em Nova York pelo banco norte-americano contra o Opportunity.

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De qualquer maneira, a ordem temporária de Kaplan está mantida até o julgamento e Dantas não pode tentar reverter, no Brasil, sua destituição das empresas onde trava o conflito com Citi e fundos.

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