Net pode chegar a 1 milhão de caixas digitais em 2007

A Net Serviços fez, durante a NCTA Cable 2007, uma pequena apresentação sobre sua experiência de implementação do serviço de telefonia com o Net Fone via Embratel. O dado novo da apresentação, para o público brasileiro, é o volume de vendas do serviço: quase 40 mil por mês. A apresentação foi feita por Rodrigo Doclos, responsável direto pelo produto.
Segundo José Felix, diretor de operações da Net Serviços, a operadora hoje está totalmente concentrada em oferecer pacotes combinados dos três produtos (voz, dados e vídeo), e é esse um dos fatores que têm feito o Net Fone ter um crescimento tão significativo. Ele aponta ainda um dado curioso: a Net não consegue detectar uma tendência maior de adoção do pacote combinado em nenhuma cidade específica, o que indica que é um produto igualmente demandado em todas as cidades em que a empresa opera.
Um sinal interessante de como o Net Fone está ganhando peso, inclusive para a Embratel (acionista da Net e parceira operacional do produto), é que três executivos da empresa vieram pela primeira vez à NCTA Cable 2007.

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Digital

Mas existem outras frentes da operação, além do Net Fone, em que Felix espera anunciar novidades em breve. No serviço de vídeo digital, o executivo prevê, até o final do ano, 1 milhão de caixas instaladas, o que é possível porque não são mais oferecidas caixas analógicas onde o serviço digital está disponível. Vale lembrar que para alguns assinantes (como aqueles que têm alguns canais à la carte) a Net está trocando gratuitamente a caixa, ainda que não signifique a migração do usuário para a caixa digital. Também nesse universo de 1 milhão de caixas estão pontos extras. De qualquer maneira, a escala que esse volume de caixas digitais da Net, aliados aos assinantes digitais da TVA (que também está estimulando a migração), ao DTH (que é 100% digital) e a outras operações de MMDS já digitais deve dar ao País o volume necessário para o surgimento de novos produtos, como vídeo sob demanda e jogos interativos via set-top boxes.

VOD

Felix ainda vê como fundamental uma caixa de baixo custo, que permita a entrada do assinante no universo digital e a migração da base sem pressão excessiva sobre os resultados da operação. Mas ele vê com bons olhos a implantação do serviço de vídeo sob demanda, que requer caixas mais avançadas, e dá uma dica: o serviço de DVR (digital video recorder) da Net será o primeiro passo para o VOD (video-on-demand) dentro da estratégia da operadora. ?A dificuldade é que mesmo nos EUA não existe ainda um modelo claro para o ?push VOD? (que é a tecnologia que permite armazenar o conteúdo no DVR)?. Felix não detalha a estratégia, mas diz acreditar na possibilidade de lançar pelo menos o serviço de DVR ainda este ano.
Em relação ao serviço de dados, o executivo diz que a empresa está testando, em laboratório, a tecnologia DOCSIS 3.0, que permite velocidades de até 150 Mbps, mas que ainda não tem horizonte de adoção de velocidades mais altas. ?Hoje, ainda estamos muito à frente da tecnologia de banda larga concorrente?, diz Felix. Ele explica que mesmo com a ênfase no serviço Megaflash (com velocidades acima de 2 Mbps) a Net não vê um estrangulamento do backbone, nem o surgimento de gargalos. ?O que notamos com o Megaflash é que mesmo que você multiplique por oito a capacidade da conexão do usuário, o tráfego em si aumentou só 40%?. Hoje, a maior parte (45%) dos assinantes de banda larga da Net ainda estão em velocidades entre 256 kbps e 512 kbps, mas 12% já estão com conexões acima de 2 Mbps.

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