Durante audiência pública realizada na Comissão de Ciência, Tecnologia e Informação (CCTI) da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 9, a ministra do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, apresentou a agenda da pasta para os deputados.
Entre os projetos que estão em andamento no MCTI está o que prevê a construção de 40 mil km de fibra óptica pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP). Com um custo de R$ 346 milhões, a iniciativa consta como um dos projetos do Novo PAC.
O projeto prevê a construção de 19 novas infovias estaduais, em 19 estados da federação. A infraestrutura de telecomunicações fornecerá rede de Internet de qualidade voltada para educação e pesquisa; a criação de Centros Nacionais de Dados; a implantação da rede de e-Ciência, de conexão de alto desempenho para a rede acadêmica; a criação de infovias e redes metropolitanas no interior; e o Centro de Operações em Segurança (SOC), para zelar pela cibersegurança.
Ceitec
Durante sua fala a ministra Luciana Santos também destacou as atividades desenvolvidas pela Ceitec, empresa brasileira que produz semicondutores.
Segundo Santos, a empresa foi retirada do processo de privatização e já tem garantido recursos na ordem de R$ 200 milhões. "Reposicionamos a empresa para atender o mercado brasileiro e se tornar uma empresa de excelência. Agora, a empresa vai entrar no setor automotivo. Vamos entrar no mercado dos carros híbridos. Temos R$ 200 milhões já disponíveis para a Ceitec", disse aos deputados.
Vale lembrar que para ser votada pela Comissão o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 397/2023, que propõe sustar o Decreto 11.768/2023, que retirou a empresa do processo de privatização.
Na última semana, a direção da empresa Ceitec divulgou nota onde manifestou preocupações em relação ao texto. A proposta, de autoria do deputado Rodrigo Valadares (União-ES), quer reverter a decisão do governo Lula que retirou a estatal do processo de privatização iniciado durante o governo Bolsonaro.
A matéria foi votada logo após a audiência pública com a ministra Luciana Santos e foi rejeitada.