O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) recebeu contribuições em uma consulta pública sobre o planejamento de editais de espectro da agência no curto, médio e longo prazo. Os resultados foram divulgados ao longo desta semana.
A seguir você encontra um balanço da cobertura feita por TELETIME com as propostas de diferentes grupos do setor.
As operadoras Claro, TIM e Vivo defendem que a Anatel retire as faixas de 850 MHz, 900 MHz, 1.800 MHz e 2.100 MHz do planejamento de leilões de espectro. Elas entendem que o direito de uso de tais frequências deve ser prorrogado às atuais detentoras, e não licitado como propõe o órgão regulador.
Operadoras criticam proposta de novo leilão para faixas já em uso
Além disso, as operadoras nacionais pedem que o leilão da faixa de 6 GHz seja realizado a médio prazo, preferencialmente a partir de 2030, e não já no ano que vem, como proposto pela Anatel no calendário.
Já big techs como a Apple e o Conselho da Indústria de Tecnologia da Informação (ITI, na sigla em inglês), grupo norte-americano de empresas do setor que tem Amazon, Cisco, Google, Meta e Microsoft como associadas, pediram à Anatel que reconsidere decisão de abrir o espectro de 6 GHz para tecnologias móveis.
Big techs pedem que Anatel reveja decisão de leiloar o 6 GHz
Provedores regionais
Brisanet, Unifique, iez! telecom e Algar Telecom foram as operadoras regionais que participaram da consulta realizada pela agência. As prestadoras de pequeno porte (PPPs) atuantes no mercado móvel indicaram apetite de participação nos certames e solicitaram novos blocos regionais, mas também fizeram alerta sobre posturas "oportunistas".
Brisanet mira participação em novos leilões. Unifique teme 'oportunistas'
Um ponto de defesa comum entre grandes operadoras, pequenas e fornecedores foi a demanda pelo espectro de 600 MHz para o segmento móvel. A faixa é usada pela radiodifusão e não entrou no planejamento de leilões da Anatel, mas teve inclusão solicitada pelo setor móvel.
Satélites
Já as empresas de satélite (incluindo a Viasat, a Globalstar e associadas da Abrasat) pediram que a agência adie algumas das licitações previstas e crie regras mais claras para diminuir impactos no setor.
Setor de satélites quer mais tempo para novos leilões de espectro no Brasil
Boletim TELETIME
Entre os assuntos tratados na edição de 09 de abril do Boletim TELETIME, Samuel Possebon, editor chefe da TELETIME, comenta com mais detalhes (a partir do minuto 11'45) as contribuições do setor sobre os futuros leilões de espectro.