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Claro: parcerias entre teles e OTTs serão intensificadas

Muito se fala sobre a rivalidade entre operadoras de telecomunicações e serviços over-the-top (OTTs), como Netflix, Spotify e WhatsApp. Mas a verdade é que um lado não vive sem o outro. E por isso mesmo surgem cada vez novos exemplos de parcerias entre empresas dos dois mundos. Na opinião do diretor de serviços de valor agregado (SVA) da Claro, Alexandre Olivari, há oportunidades para ambos os lados e as parcerias tendem a se intensificar daqui em diante.

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"As OTTs precisam das operadoras por causa do carrier billing, em razão da baixa penetração de cartões de crédito na base pré-paga (em mercados emergentes)", comentou o executivo. Ele enxerga dois caminhos para parcerias. O primeiro consiste em uma oferta conjunta de serviços, em um pacote cujo preço inclua o tráfego de dados, o que é visto como uma comodidade e como uma vantagem financeira pelo usuário. A Claro já adota esse modelo em serviços como o Claro Kids, de conteúdo infantil; o Claro Curtas, de vídeos de curta duração; o Claro Música; e o Claro Apps Club (neste caso, para o tráfego somente no app da loja). Em todos eles há uma divisão de receita entre a operadora e os provedores dos serviços. "Esse tipo de modelo funciona bem em nosso mercado", destacou. Só não dá para fazer isso com serviços de streaming de filmes e séries, como Netflix, pois ficaria muito caro incluir o custo com dados, ressaltou.

O outro caminho é a chamada cobrança reversa de dados, quando a OTT paga à operadora pelo tráfego de dados dos usuários do seu aplicativo. O primeiro case desse tipo no Brasil foi lançado ano passado pelo Bradesco, em conjunto com as principais operadoras que atuam no País. "Quando as OTTs quiserem aumentar sua base de usuários, alguém vai ter que patrocinar esse acesso", comentou. Há negociações em curso com outros bancos e apps de comércio móvel para adotar o mesmo modelo.

Dados

Olivari lembra que as operadoras precisam tomar cuidado com a precificação de seus planos de dados. "Às vezes se destrói valor por causa da briga por share. Não se pode descuidar do Capex", recomendou. Ele lembra que 100% do Capex da Claro este ano é voltado para a rede de dados. Ou seja, há um custo significativo para a expansão e evolução das redes e isso precisa ser levado em conta na precificação. Esta é uma das razões para as teles terem decidido mudar o modelo dos seus planos de dados, agora com bloqueio do serviço quando atingido o limite da franquia do assinante.

Olivari participou do evento LTE Latin America nesta quinta-feira, 9, no Rio de Janeiro.

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