Lentidão da Anatel é inaceitável, diz Vivo

O presidente da Vivo, Roberto Lima, classificou como ?inaceitável? a lentidão da Anatel em assinar os contratos que liberarão o uso das sobras de freqüência em 1,9 GHz adquiridas pela operadora em setembro do ano passado. A Anatel vinculou a assinatura desses contratos àquela das freqüências de 3G, que, como se sabe, tardará mais do que a agência esperava, agora que o Tribunal de Contas da União está analisando a documentação. ?O espectro está para a telefonia móvel como o oxigênio está para o corpo humano. Quem administra isso não tem o direito de agir de forma tão lenta?, criticou Lima, durante coletiva em Belo Horizonte convocada para falar sobre os planos para Minas Gerais após a compra da Telemig Celular. ?A velocidade da Anatel não acompanha a velocidade do mercado?, reclamou.
O executivo informou que a Vivo enviou uma carta na última terça-feira, 8, à Anatel solicitando a desvinculação da liberação das freqüências das sobras daquelas da 3G. Segundo Lima, existe uma cláusula nas regras do leilão de sobras que permitiria à Anatel fazer essa desvinculação caso seja de interesse público. Lima diz que desde setembro do ano passado a Vivo solicita essa medida, com o argumento de que com mais freqüência o serviço irá melhorar para o consumidor.

Risco de congestionamento

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O medo de Lima é que o crescimento da base no Brasil e o conseqüente aumento do tráfego entupam as redes das operadoras. Com mais espectro, porém, o problema seria resolvido. O executivo evitou fazer uma previsão sobre quanto tempo mais a rede da operadora agüentaria o crescimento de tráfego enquanto não conta com as novas freqüências. Mas disse que, teoricamente, se a rede chegar perto do seu limite de capacidade, será necessário aumentar os preços das tarifas para reduzir o tráfego. ?É como em uma estrada. Se você aumenta o pedágio, o tráfego diminui?, comparou.
Vale lembrar que entre as faixas de freqüência adquiridas pela Vivo no leilão de sobras está uma licença para operar no Nordeste. ?Já começamos a montar a rede no Nordeste, temos contratos com fabricantes e escritórios funcionando lá. Incomoda-nos o atraso da Anatel?, disse Lima.

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