Antes mesmo da solenidade de posse, o novo presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, já se reuniu com o ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, para apresentar um documento que consolida as reivindicações dos setores representados pela associação. No que tange ao setor de telecomunicações, Barbato alertou o ministro sobre a necessidade de se promover o mais rapidamente possível a terceira geração da tecnologia celular no Brasil. ?O País tem que fazer apenas regulamento e não mais investimento. Todas as operadoras já sinalizaram que querem partir para a terceira geração, então o Brasil não pode ficar parta trás. Os fabricantes estão ficando sem encomendas e nós não gostaríamos que essas empresas possam cogitar fechar suas unidades no Brasil, por causa de uma questão meramente regulatória?, disse ele. A reunião aconteceu nesta segunda, 9, pela manhã.
Barbato ainda lembrou que o atraso na chegada da 3G pode prejudicar mais ainda as exportações de terminais, produto que lidera a lista de exportação da Abinee. ?As exportações estão caindo, mas a chegada da terceira geração pode frear esse processo?, afirma. Barbato explica que o objetivo do documento apresentado ao ministro Miguel Jorge é mostrar como o dólar desvalorizado prejudica a economia brasileira e impulsiona o movimento de ?desindustrialização? da nossa produção. ?Estamos substituindo componentes fabricados no Brasil pelos produzidos na China e no Sudeste Asiático; isso que é desindustrialização. O estudo mostra o impacto do dólar desvalorizado em função do nível de nacionalização do produto?, explica.
Este estudo da Abinee foi uma resposta às recentes afirmações do ministro de que o real vai continuar valorizado e que as empresas teriam que ?se reinventar? para se tornarem mais eficientes e ganharem produtividade. ?Não existe investimento que se viabilize quando a moeda valoriza 11,84% como aconteceu em 2006. Não adianta reinventar, não adianta tirar coelho da cartola?. Barbato também defendeu que não há motivos para que o leilão das faixas de 3G não ocorra junto com o das faixas de WiMax.
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