Concorrentes à entidade aferidora não apresentaram metodologia do teste, sustenta NIC.br

O NIC.br aponta uma falha nas propostas dos concorrentes à entidade aferidora da qualidade, inclusive da PriceWaterhouseCoopers, que acabou sendo a entidade escolhida. Segundo o diretor de projetos da entidade, Milton Kashiwakura, a proposta dos concorrentes não continham os aspectos estatísticos e metodológicos da medição.

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Assim, como explica Kashiwakura, as propostas eram frágeis porque não continham garantias de que a amostragem escolhida seria representativa do universo dos usuários de determinado município. Segundo ele, a Samknows, parceira da Price na proposta escolhida pelo GIPAQ, trabalha no Reino Unido com voluntários, o que não seria uma amostra estatística válida por não abranger os diversos perfis de usuários e as diversas regiões de cada município. "Eles colocaram hardware, software e servidores, mas faltou uma coisa importantíssima que são os aspectos metodológicos e estatísticos da medição", explica ele.

O NIC.br protocolou na Anatel um pedido de revisão do processo de escolha da Entidade Aferidora. O principal descontentamento da entidade é sobre o ponto na rede onde será instalado o medidor. De acordo com a RFP elaborada pelo GIPAQ, o equipamento seria instalado no Autonomous System (AS) da operadora, dentro do PTT. Para o NIC.br, o medidor deveria ser instalado em outro AS que não o da operadora para justamente medir a capacidade da rede da operadora em se comunicar com a Internet. "A Internet é rede de redes. Qualquer um que queira prestar serviço Internet tem que comprovar capacidade de se comunicar com outras redes além de seu domínio administrativo", diz ele.

Ele lembra que o modelo de medição do NIC.br, que foi usado em um teste-piloto com o Inmetro em 2010, serviu de base para que a Anatel elaborasse o Regulamento de Gestão da Qualidade do SCM (RGQ-SCM) e do SMP (RGQ-SMP). Para a entidade, a medição em outro AS que não o da operadora também confere mais neutralidade e credibilidade à medição.

Outro ponto questionado pelo NIC.br é que o software escolhido usa o protocolo TCP para fazer as medições, o que não seria mais apropriado para a medição da velocidade de comunicação multimídia. Nesse caso, o protocolo ideal seria o UDP.

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