Assim que for oficializado o Plano Nacional de Banda Larga pelo presidente Lula, o governo realizará um edital para a compra de hardware, software e serviços para viabilizar o uso da infraestrutura de fibras ópticas. O edital está avaliado em cerca de R$ 1 bilhão e envolverá a aquisição e instalação de equipamentos para fazer os enlaces de acesso a partir do backbone existente, as ferramentas e sistemas de gestão da rede e sistemas para atendimento e vendas.
Segundo Rogério Santanna, secretário de logística e TI do Ministério do Planejamento, ainda não há previsão orçamentária específica para esse gasto, mas há a possibilidade de remanejar o orçamento e isso já está sendo estudado.
Segundo o secretário, em seis meses após o edital ser lançado o governo espera estar prestando serviços para as primeiras 200 a 300 cidades, que é a meta de 2010. O secretário ressalta que o modelo de negócios será a oferta de links para os provedores interessados em contratar a capacidade, tendo como contrapartida a venda do acesso a um valor estabelecido no Plano Nacional de Banda Larga. Segundo Santanna, cerca de 70% do valor do serviço ao usuário final deve ficar para a remuneração da rede e cobrir os custos da infraestrutura, e aos provedores ficariam assegurandos os outros 30%.
Santanna lembra, porém, que o governo não descarta a possibilidade de atuar como vendedor do serviço ao usuário final. "Caso não haja nenhum provedor interessado em fazer esse papel em alguma cidade, nós entraremos com a oferta do serviço. Essa é a nossa segunda opção. Não seremos um leão sem dentes", garante.
Com o Plano Nacional de Banda Larga, o objetivo do governo é de reduzir em cerca de 70% o valor médio da assinatura mensal do serviço.
Santanna participou do 1º Fórum Governo Digital, evento realizado em Brasília pelas revistas TELETIME e TI INSIDE, organizado pela Converge Comunicações.