Com a obtenção da sua própria licença de DTH para prestar serviço de TV por assinatura via satélite, a Telefônica calcula que até o final do ano estará presente em todo o estado de São Paulo, por meio da nova operação ou também através dos serviços da TVA ? cuja parte de MMDS está em processo de aquisição ? ou até pela DTHi, de acordo com a região. Maurício Giusti, vice-presidente de regulamentação, informa que a empresa ainda vai discutir com a DTHi o futuro da parceria.
?Começamos a parceira com o intuito de adquirir experiência. Vamos sentar para discutir, mas não fazemos parceria para durar alguns meses. A parceira foi bem sucedida para os dois lados e em time que está ganhando não se mexe?, brincou ele. Hoje, a Telefônica tem mais de 50 mil assinantes de TV ? pela DTHi ? e segundo o diretor-geral da empresa, Stael Prata, esse número deve triplicar até o final do ano. No contrato entre elas existe ainda a opção de compra da DTHi pela Telefônica.
Giusti informou também que a A. Telecom ? subsidiária que prestará o serviço de TV por DTH, conforme licença da Anatel – deverá se beneficiar dos acordos globais fechados com os canais internacionais pela Telefónica da Espanha para as operações de TV nos países da região como Chile e Peru. Ele não viu maiores problemas no fato de a Anatel ter solicitado à empresa a inclusão no line-up quatro canais: TV Câmara, TV Senado, TV Justiça e um canal educacional. ?Isso já era esperado como contrapartida do regulador?, disse Giusti.
Dumping
Prata negou que a Telefônica esteja colocando dinheiro do próprio caixa na DTHi, para que seja possível vender os pacotes abaixo do custo. Ele afirma a própria Big TV, que acusa a Telefônica de dumping, tem pacotes com preços menores. ?Tudo depende da oferta de canais. Desde o início buscamos formatar os pacotes para conseguirmos oferecer opções cada vez mais competitivas?.