TIM registra estabilidade de receitas em 2020, mas vê queda no lucro

Mesmo com impacto da pandemia do coronavírus, a TIM manteve as receitas relativamente estáveis em 2020, com um avanço substancial nos serviços fixos. Mas o lucro acabou sentindo os efeitos, e operadora observou uma redução pela metade nos números reportados no balanço financeiro referente ao quarto trimestre e dos 12 meses do ano passado, conforme o relatório publicado na noite desta terça, 9.

A receita da TIM no trimestre foi de R$ 4,678 bilhões, um aumento de 2% em relação ao trimestre anterior. No acumulado do ano, o total ficou praticamente estável em R$ 17,268 bilhões, com redução de 0,6%. A companhia destaca que houve um impacto da Covid-19 especialmente no segundo trimestre, especialmente com queda em receita de produtos. 

Entre outubro e dezembro, a receita de serviços móvel totalizou R$ 4,164 bilhão, um avanço de 1,5%. Já de janeiro a dezembro, foi de R$ 15,610 bilhões, uma redução de 0,2%.

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O serviço fixo cresceu 1,5% no trimestre, totalizando R$ 277 milhões. Mas no consolidado de 2020, o avanço foi de 11,1%, ultrapassando pela primeira vez a marca bilionária com R$ 1,054 bilhão. Desse total, a TIM Live representou R$ 172 milhões no trimestre (aumento de 25%) e R$ 628 milhões no ano (avanço de 27,9%). A receita com produtos aumentou em 3,6% no trimestre (R$ 237 milhões) e caiu 22,7% no ano (total de R$ 603 milhões). 

Lucro

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, na sigla em inglês) reportado foi de R$ 2,353 bilhões no quarto trimestre, um avanço de 1,8%. No acumulado do ano, contudo, houve queda de 13,5%, totalizando R$ 8,342 bilhões. Assim, a margem EBITDA reportada ficou praticamente estável no trimestre, em 50,3%, enquanto no ano inteiro houve redução de 7,2 pontos percentuais, ficando em 48,3%.

Por sua vez, o lucro líquido teve grande variações. Nos três últimos meses de 2020, ficou em R$ 1,013 bilhão, um aumento de 10,4% no comparativo com igual período de 2019. Mas o resultado dos demais trimestres no ano passado fez o lucro cair quase pela metade (49,1%), encerrando os 12 meses em R$ 1,844 bilhão. 

Considerando resultados "normalizados" (com determinados efeitos excetuados e ajustes de impostos), o EBITDA ficou em R$ 8,372 bilhões no ano, aumento de 3,2%. O lucro líquido normalizado diminuiu menos em 2020: 1,8%, total de R$ 1,871 bilhão.

Investimento, caixa e dívida

A companhia investiu 9,7% mais no trimestre e 1% no ano, totalizando respectivamente R$ 1,464 bilhão e R$ 3,891 bilhões. Segundo a TIM, o aumento se deu "principalmente, pela retomada dos investimentos após dois trimestres impactados pela reavaliação de projetos que estavam inicialmente planejados. Após o início do isolamento social, observamos uma mudança no perfil de uso da nossa rede móvel, com isso o Capex na rede móvel foi reavaliado, enquanto os investimentos em fibra ótica permaneceram mantidos devido à alta da demanda por banda larga". 

Assim, considerando o EBITDA-Capex e o capital de giro, o fluxo de caixa operacional ficou positivo em R$ 2,070 bilhões no trimestre, mas isso representou redução de 6,5% no comparativo anual. No acumulado de 2020, houve alta de 40,1%, ficando em R$ 4,610 bilhões. Já a dívida líquida ficou em R$ 5,611 bilhões, uma redução de R$ 1,061 bilhão comparado ao final de 2019.

Operacional

A TIM encerrou 2020 com 51,433 milhões de acessos, uma redução de 5,5%. Desse total, 29,603 milhões eram pré-pagos, uma queda de 10,2%. Por sua vez, os pós-pagos aumentaram 1,7% e ficaram em 21,829 milhões. A companhia diz que, considerando todas as modalidades, são 40,301 milhões de chips 4G, um avanço de 3,3%. A TIM Live aumentou em 14% a base, fechando o período com 645 mil acessos.

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