Monetizar com planos 4G ainda é desafio para operadoras, diz pesquisa global

Um desafio para as operadoras do mundo com os novos serviços na rede 4G é como conseguir monetizar da melhor forma possível as oportunidades que a tecnologia oferece para o consumidor. Pesquisa global realizada pela Amdocs com as principais teles revelou que planos de dados personalizados e controle dos dados utilizados em tempo real estão entre os desejos das operadoras para melhorar a experiência dos clientes e conseguir maior retorno sobre os investimentos na rede de quarta geração.

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A pesquisa foi feita com 70 entrevistados de 35 operadoras no mundo (cinco da América Latina e Caribe), realizadas entre outubro e novembro do ano passado, e foi divulgada em dezembro último pela empresa de fornecimento de sistemas e serviços voltados à experiência do cliente. O levantamento diz ainda que as operadoras não possuem um sistema integrado de gestão da cobrança e políticas que possibilite esse tratamento para os serviços. Além disso, há um embate entre os departamentos de marketing e tecnologia da informação das teles, que não conseguem se entender com as demandas do mercado.

De acordo com o levantamento, 80% das operadoras entrevistadas afirmaram que estão lançando ou testando serviços LTE, sendo que 63% querem lançar serviços de voz sobre LTE (VoLTE) entre 2013 e 2014. O problema é que enquanto 92% dizem que os departamentos de marketing estão pedindo ao setor de TI que possibilite "planos de dados inovadores", 70% afirmam que não podem fazer isso no momento.

Do ponto de vista dos departamentos de TI, 60% dos entrevistados afirmam que as empresas desejam estabelecer competências de TI para possibilitar a personalização dos planos e promoções de serviços de dados, enquanto 50% dizem que desejam possibilitar a visibilidade e o controle em tempo real dos planos e da utilização dos dados. Mas isso levará tempo: 60% disseram que vão levar de três a seis meses para lançar um serviço novo e 20% disseram que irão demorar ainda mais.

As teles da Europa, América do Norte e do bloco Ásia-Pacífico disseram (100%, 90% e 80%, respectivamente) que precisam integrar as funções de gestão da cobrança e políticas. Na região da América Latina e Caribe, esse percentual caiu para 40%. Segundo a Amdocs, essa integração permite às operadoras apresentarem serviços direcionados ao tipo de dispositivo e serviço para o cliente, bem como status de rede e localização, dando controle e visibilidade dos planos e utilização de dados para o usuário.

Dos entrevistados, 75% disseram que suas empresas pretendem administrar regras para a política e cobrança a partir de um local como, por exemplo, um catálogo central de produtos. Outros 40% disseram que tentaram ou estão tentando integrar os sistemas de gestão de políticas e cobrança, embora sem sucesso. No ano passado, esse percentual era de 10%.

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