M-health: saída para crise em sistemas de saúde?

Nos últimos 50 anos, os gastos públicos com saúde nos EUA aumentaram mais que o produto interno bruto (PIB) do país. Para especialistas presentes em um painel sobre saúde digital na CES, em Las Vegas, nesta terça-feira, 8, os EUA e outros países desenvolvidos vivem uma crise em seus sistemas de saúde, não sendo mais capazes de dar conta financeiramente das necessidades dos cidadãos. A salvação pode estar no uso de soluções de saúde móvel, especialmente aquelas de caráter preventivo, através das quais os próprios pacientes possam acompanhar sua saúde.

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"O centro do universo não pode estar mais nos grandes hospitais ou planos de saúde, mas nas próprias pessoas, gerenciando sua saúde", defendeu Andrew Thompson, da Proteus Digital. Sua empresa criou uma pílula feita de material orgânico e que, uma vez ingerida, transmite informações de dentro do corpo humano para o smartphone do paciente, passando a monitorar o funcionamento do seu corpo. O medicamento foi aprovado por órgãos reguladores europeus e começará a ser comercializado dentro de seis semanas na Europa. O executivo espera que nos EUA as vendas sejam aprovadas ainda este ano.

Alguns dados apresentados no painel chamam a atenção: já foram vendidos no mundo até agora 30 milhões de devices de saúde móvel, feitos para serem "vestidos" ou plugados ao corpo, como podômetros em forma de pulseira, por exemplo. A previsão é de que 60 milhões sejam vendidos nos próximos três anos. E em 2013 a expectativa é de que 44 milhões de apps de saúde sejam baixados em smartphones e tablets no mundo, a maioria deles gratuita.

Representando uma gigante do ramo de saúde nos EUA, Reed Tuckson, da UnitedHealth, não se posicionou contra essa descentralização do controle da saúde, mas propôs a troca de informações entre pacientes e médicos. "Se uso um app para monitorar minha saúde, deveria enviar as informações para o meu médico ou para o meu plano hospitalar. Aí é que está a revolução para um grupo como o nosso", disse Tuckson.

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