A Telemar Participações (TmarPart), controladora do grupo Oi, publicou na manhã desta quarta-feira, 9, fato relevante em que confirma a existência de ?estudos com vistas a uma possível reestruturação acionária da companhia? e a contratação de uma assessoria externa para ?analisar outras oportunidades de aquisição de controle de telefonia celular ou fixa, internet ou televisão por assinatura?. Na opinião de analistas ouvidos por TELETIME News, o fato relevante é vago e não traz grandes novidades. Seria apenas uma forma de proteger a empresa contra possíveis questionamentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em razão dos rumores que circularam nos últimos dias sobre negociações para compra da Brasil Telecom (BrT).
O analista Eduardo Roche, do Banco Modal, acredita que o foco da TmarPart no momento não seja tanto uma nova tentativa de reestruturação acionária, mas, sim, a aquisição da BrT. Para ele, a Telemar precisa correr para comprar o ativo a um preço mais baixo, pois a tendência é que a BrT se valorize caso ocorra a pulverização de seu controle. Se considerada a possibilidade de sinergia entre BrT e Telemar, o preço de cinco vezes o EBITDA da BrT é considerado relativamente baixo pelo mercado.
Espanhóis e mexicanos
Outro analista, que preferiu não se identificar, estranha o fato de espanhóis e mexicanos estarem acompanhando em silêncio as sugestões de alteração da regulamentação para permitir a fusão entre BrT e Telemar. ?Será que haverá algum tipo de compensação para eles??, pondera. Para a Telefónica poderia ser interessante uma fusão com a TIM, por exemplo.
