Fusão Oi/BrT: nada confirmado e conversas seguem

Sobre a notícia da venda da Brasil Telecom para a Oi, anunciada como fechada desde segunda, dia 7, pelo site da revista Veja, as informações apuradas por TELETIME News são as seguintes: segundo a Previ, "não há nada fechado oficialmente"; segundo um presidente de um dos fundos de pensão acionistas da Brasil Telecom, as negociações não estão fechadas; segundo uma fonte do Angra (que administra os investimentos dos fundos de pensão), as negociações não serão fechadas tão já, mas as conversas estão acontecendo; segundo outra fonte ligada aos fundos de pensão, o valor que está sendo negociado é de R$ 4,8 bilhões conforme disse a Veja, mas o acordo não está fechado e a Brasil Telecom soltará um comunicado ao mercado nesta quinta, 10, pela manhã.
Segundo uma alta fonte da Oi, há um processo de reestruturação da empresa que ainda precisa acontecer, mas a tendência é que o negócio aconteça, apesar de ser um processo longo. A única confirmação que este noticiário conseguiu vem de uma fonte do Ministério das Comunicações, segundo a qual o negócio estaria fechado. O ministro Hélio Costa, procurado por este noticiário, diz já ter sido informado sobre a notícia da Veja, mas evitou fazer qualquer comentário, nem confirmando nem desmentindo a informação.
Lembrando sempre que a fusão seria, hoje, ilegal pelas regras do Plano Geral de Outorgas, que precisa ser mudado, o que depende da Anatel.

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O tamanho da ?BrOi?

Uma eventual fusão entre Oi e Brasil Telecom criaria, no mercado de telefonia fixa, uma gigante com cerca de 69% do potencial de consumo brasileiro em sua área de cobertura como concessionárias. Isso sem contar o fato de que tanto a Brasil Telecom quanto a Telemar atuam como competidoras no mercado corporativo em cidades do Estado de São Paulo. E a Oi se prepara para atuar como operadora de telefonia no Estado.
Hoje, a Oi tem cerca de 43% do potencial de consumo, a Telefônica tem cerca de 30% do potencial de consumo e a Brasil Telecom tem cerca de 25% do potencial de consumo do País em suas mãos, segundo dados do Atlas Brasileiro de Telecomunicações 2008, editado pela TELETIME. A principal competidora, a Embratel, somada à sua coligada Net Serviços, atua com serviços de telefonia fixa em cidades que representam 60% do potencial de consumo nacional, mas com uma rede muito mais restrita em termos de domicílios cobertos. A GVT, por sua vez, está em cidades que representam 31% do potencial de consumo. O índice do potencial de consumo é um cálculo baseado em dados do IBGE estimado pela Target, e aponta o quanto cada município representa no consumo nacional.
Ainda segundo o levantamento do Atlas Brasileiro de Telecomunicações, a eventual empresa resultante da fusão teria em sua área de cobertura 63% das linhas fixas em serviço, 77% da população total (cerca de 145 milhões de habitantes), 62% dos domicílios de classe A e 63% dos domicílios de classe B. Por outro lado, na área de concessão somada da Oi e da Brasil Telecom, há uma boa parte dos problemas brasileiros, sobretudo por conta da área hoje com a Oi. De acordo com os cruzamentos de dados do Atlas Brasileiro de Telecomunicações, nada menos do que 92% da população rural brasileira está nessa área, e também 73% dos domicílios classes C, D e E, que são os de menor atratividade econômica.
Ao todo, uma eventual empresa resultante da fusão seria a responsável por atender a cerca de 4,85 mil municípios, o que representa 87% das cidades brasileiras. Dos municípios na área desta eventual mega-empresa resultante da fusão, 54% (2,65 mil) têm operação de telefonia celular. E ainda segundo o Atlas Brasileiro de Telecomunicações, das cidades cobertas pela Oi e pela Brasil Telecom, há competição em 279 destas cidades, que representam 45% do potencial de consumo nacional, ou seja, 65% do peso econômico dos municípios. No quesito banda larga, a Oi e a Brasil Telecom juntas atendem 1,68 mil cidades. Há competição com serviços de banda larga oferecidos por empresas de cabo ou MMDS em 68 dessas cidades.
No mercado de telefonia móvel, as duas empresas atendem hoje, somadas, 1,617 mil cidades (das quais só não enfrentam competição em 73 delas). Estas 1,6 mil cidades cobertas pela telefonia móvel da Oi e da Brasil Telecom representam 60% do potencial de consumo nacional.

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