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Faturamento em telecomunicações deverá crescer em 2017, mas não em infraestrutura

A indústria eletroeletrônica encerra 2017 com crescimento de 5% no faturamento, totalizando R$ 136 bilhões, segundo prevê a Associação brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) em levantamento divulgado nesta sexta-feira, 8. O mesmo índice de 5% é esperado para a produção industrial e para os investimentos, que deve fechar o ano com R$ 2,5 bilhões.

Na estimativa da entidade, o segmento de telecomunicações cresceu 10%, fechando o ano com R$ 32,541 bilhões. Dentro desse recorte, porém, apenas o de produtos para o consumidor – ou seja, aparelhos celulares – mostrou crescimento: 17%, contra uma queda de 5% no faturamento em infraestrutura.

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Para 2018, a projeção é que as telecomunicações cresçam 7%, totalizando um faturamento de R$ 34,819 bilhões. Novamente, o destaque seria a venda de celulares, com avanço de 10%, enquanto a infraestrutura ficaria estagnada.

Segundo o diretor de telecomunicações da Abinee, Paulo Castelo Branco, o faturamento em infraestrutura totalizará R$ 17 milhões neste ano, e a expectativa de crescimento em 2018 depende de uma eventual aprovação do PLC 79/2016, que altera o modelo de concessões de telefonia. “Se isso for aprovado, teremos outros meios de trazer investimento para a área de infra. Se não for aprovado, vamos continuar na mesma situação”, explica.

O vice-presidente da área de telecomunicações da associação, Aluizio Byrro, acrescenta que isso acontece também porque o Capex das operadoras vem caindo: em 2016 foi de R$ 28 bilhões, enquanto em 2013 foi de R$ 31 bilhões, valor que corrigido seria de mais de R$ 40 bilhões. “Se comparar, a queda no Capex é de 30%, e isso é ruim para a indústria”, declara. “Se o PLC 79 for aprovado, esperamos uma injeção (de capital), um crescimento de 20% no Capex nos próximos anos”, diz Byrro. 

Efeitos

A Abinee estima que as exportações da indústria eletroeletrônica cresçam 3% neste ano, totalizando US$ 5,8 bilhões, enquanto as importações devem aumentar 17%, totalizando US$ 29,9 bilhões. Por isso, o saldo da balança ficará negativo, fechando o ano em US$ 24,1 bilhões, aumento de 21%.

A projeção de faturamento da indústria para 2018 é de R$ 145,391 bilhões, um avanço de 7% em relação a este ano. As exportações devem crescer 3% (total de US$ 6 bilhões), enquanto as importações aumentarão 5% (US$ 31,4 bilhões), levando a um saldo negativo de US$ 25,4 bilhões (aumento de 5%). Os investimentos crescerão de R$ 2,505 bilhões para R$ 2,762 bilhões, avanço de 10%.

O quadro profissional das empresas cresceu 2% neste ano segundo as estimativas (total de 237,2 mil funcionários), e a projeção para 2018 é de igual aumento, totalizando 241 mil empregados. Ainda assim, o presidente da Abinee, Humberto Barbato, afirma que o setor já sente efeitos da reforma trabalhista. “Tanto a terceirização como as novas regras trabalhistas trazem segurança maior e estímulo à contratação”, defende. “Já está surtindo efeito, já estamos sentindo isso. O ambiente melhorou, é evidente que as contratações ainda não apareceram (por ter entrado em vigor somente em novembro), mas vamos sentir resultados mais concretos no ano que vem, e vamos estar mais estimulados em função da mudança da legislação e do otimismo do mercado”, garante.

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