O Conselho de Administração da Vivo aprovou uma proposta de redução de capital social no valor de R$ 1,5 bilhão, anunciou a tele nesta quarta-feira, 8. A operação precisa ser referendada por acionistas em assembleia geral extraordinária e é a primeira após autorização para a Vivo realizar reduções de até R$ 5 bilhões.
Segundo fato relevante, a operação deve ocorrer sem o cancelamento de ações de emissão da companhia e mediante a restituição de recursos aos acionistas, em moeda corrente nacional, a serem pagos em uma única parcela até o dia 31 de julho de 2024. A data exata do pagamento ainda deve ser determinada, bem como a convocação de assembleia geral extraordinária.
"Esta operação de redução de capital social objetiva aprimorar a estrutura de capital da companhia, o que permitirá a flexibilização da alocação de seu capital, gerando equilíbrio entre sua necessidade de recursos e a geração de valor aos seus acionistas", afirmou a Vivo, ao anunciar a aprovação. A operadora já sinalizou intenção de realizar mais de uma operação do gênero, chegando a até R$ 5 bilhões. A tele tem capital social total de R$ 63,5 bilhões.
Caso a primeira redução seja aprovada em assembleia geral extraordinária, a efetivação ora proposta ainda estará sujeita a prazo para oposição de credores de 60 dias contados a partir da publicação da respectiva ata, conforme previsto no artigo 174 da Lei nº 6.404/76.
Remuneração
Em fato relevante separado sobre a remuneração de acionistas, a Vivo também afirmou que tem a intenção de realizar, nos exercícios sociais de 2024 a 2026, a distribuição de recursos a acionistas em valor total igual ou superior a 100% do lucro líquido a ser apurado. O pagamento ocorrerá a partir de dividendos, juros sobre capital próprio, reduções de capital social e recompra de ações de própria emissão.
"Esclarecemos, porém, que esta é uma mera intenção da companhia, sujeita à efetiva aferição de resultados, declaração de dividendos e juros sobre capital próprio, e concretização de operações de recompra de ações e de redução de capital social, de acordo com a conveniência e oportunidade a ser avaliada caso a caso pela administração da companhia, considerando a situação econômico-financeira da companhia e, também, as eventuais mudanças no ambiente de negócios e do cenário macroeconômico", ponderou a Vivo.