A operadora de satélite Viasat anunciou nesta segunda-feira, 8, a aquisição da Inmarsat por US$ 7,3 bilhões. As empresas afirmam que a operação vai acelerar a disponibilidade e aumentar as opções por serviços de banda larga e Internet das Coisas em mercados competitivos e fragmentados, uma vez que elas acreditam haver ganhos de escala ao ter recursos satelitais complementares para redes multibanda, multiórbita e híbridas (terrestre e espacial).
O acordo da fusão inclui o pagamento de US$ 850 milhões em dinheiro, mais 46,36 milhões de ações ordinárias da Viasat (com valor estimado de US$ 3,1 bilhões baseado no preço da ação na última sexta-feira, 5) e mais o compromisso de assumir a dívida líquida de US$ 3,4 bilhões. A Viasat diz que espera sair com força financeira e resiliência para investimentos com melhoria do fluxo de caixa.
No comunicado ao mercado, a Viasat diz que pretende combinar os ativos terrestres, de espectro, satélite para esta rede de alta capacidade híbrida. O portfólio combinado inclui bandas Ka, L e S de 19 satélites em serviço e mais 10 em construção e com lançamento planejado nos próximos três anos. Há ainda uma cobertura global em banda Ka, incluindo na região polar.
Com a banda L, há a expectativa de cobertura para IoT com alta resiliência em banda estreita. De seu lado, a Viasat espera oferecer tecnologias de beamforming, terminais de usuário final e de cargas satelitais com a rede híbrida multiórbita e terra-espaço. Também planeja utilizar o ecossistema de tecnologia, manufatura e distribuição de serviço da Inmarsat.
Os acionistas da Inmarsat vão receber ainda no fechamento ações representativas de 37,5% do capital da Viasat, cada um deles recebendo menos de 10% do total. A estimativa da Viasat é de que após a fusão, a empresa resultante tenha potencial de crescimento de receita e de EBITDA ajustado com percentual de dois dígitos (mid-teens) com um "caminho totalmente financiado para fluxo de caixa positivo", com novas aplicações de IoT e maior utilização de ativos espaciais esperados.