GVT investe R$ 100 milhões nos mercados de SP, RJ e BH

A GVT investirá R$ 100 milhões nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte para concorrer na longa distância nacional e internacional (LDI e LDN) e também na telefonia local (exclusivamente para o mercado corporativo) desses mercados. A concorrência na LDN e LDI começou neste domingo, 7, nas três capitais, com uma oferta agressiva: nas ligações DDI serão cobrados R$ 0,17/minuto mais os impostos para os 25 principais países que recebem essas chamadas. Isso significa, segundo a operadora, uma economia de mais de 75% em relação ao concorrente mais barato. Por outro lado, nas ligações DDD, a tarifa é mais cara, de R$ 0,25/minuto mais impostos e, ainda assim, cerca de 40% mais econômica que as dos concorrentes no horário comercial. O tráfego das três capitais corresponde a mais de 30% das chamadas interurbanas do País. O serviço de longa distância da GVT é baseado na telefonia pública e a operadora fechou acordos de co-billing com as duas teles locais ? Telefônica e Telemar ? dessas capitais para que o usuário receba as contas na mesma fatura de sua operadora local.

Custo de interconexão

A diferença de tarifas nacionais e internacionais é que o custo de interconexão pago para as teles locais no Brasil é muito superior ao pago às teles estrangeiras, diz o gerente para o mercado de longa distância da GVT, Sidney Zamel. No Brasil, custa entre 50% e 60% a mais para entregar tráfego que no exterior, por causa dos acordos de interconexão com as operadoras. ?Enquanto nos EUA, com a abertura do setor, houve a redução das tarifas de interconexão, aqui não houve isso?, afirma. O custo de interconexão cobrado pelas teles locais é simplesmente absurdo, na opinião de Zamel.

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O executivo diz que as teles induzem o consumidor ao erro quando fazem propaganda na TV sobre os planos de ligações de longa distância. Em geral, as ofertas promocionais de LDN e LDI das teles estão condicionadas a planos não muito claros para o usuário. A diferença da oferta da GVT é que os valores são válidos para os minutos a qualquer hora do dia, sem estar vinculados a planos específicos. Zamel diz que, para provar isso ao consumidor, a GVT colocou um simulador de preços na internet (www.respeito25.com.br) onde é possível comparar as tarifas do seu código 25 com os concorrentes. Por enquanto, para divulgar o código 25, a GVT fará apenas spots em rádios. Em 2005, haverá, segundo Zamel, um plano de comunicação com grandes investimentos para a longa distância da GVT.
A operadora começou a oferecer a longa distância há cerca de seis meses em sua área de atuação (região II), em que concorre com a Brasil Telecom, e afirma deter 6% das chamadas de LDI e 1% das ligações DDD nessa região. Em SP, RJ e BH, a expectativa é fechar o ano que vem com 5% de market share em LDI e 1% em LDN.
Além da entrada agressiva no mercado de longa distância, a GVT também lançou, recentemente, serviços corporativos baseados em VoIP que estão sendo oferecidos em várias cidades brasileiras.

Seminário

A GVT participa na próxima quinta, dia 11, em São Paulo, do seminário "Serviços Corporativos: VoIP e novas tecnologias". O diretor de desenvolvimento de negócios da empresa, Sérgio Gallindo, participa do debate de abertura do evento, ao lado de João elek (Telmex) e Luiz Gonzaga Vilella Neto (Telefônica). Eles discutirão a perspectiva de competição e mudança no paradigma dos serviços de telecomunicações com as tecnologias de VoIP. Mais informações podem ser obtidas pelo site www.convergeeventos.com.br ou pelo telefone (11) 3120-2351.

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