TIM e Intel realizam testes para embarcar 5G em notebooks

Átila Xavier, da TIM, e Roberto Corrêa, da Intel, apresentam solução de conectividade em notebooks

A TIM anunciou nesta terça-feira, 8, a realização de testes em parceria com a Intel para integrar 5G, eSIM e Unidades de Processamento Neural (NPUs, na sigla em inglês) em notebooks.

Basicamente, a proposta visa levar conectividade de redes móveis aos equipamentos com os processadores da Intel, dispensando o uso de Wi-Fi.

"Os testes básicos de conectividade, de compatibilidade com a nossa rede e com a nossa solução de eSIM nós já fizemos e funcionaram bem. Agora, estamos tentando entender um pouco melhor as aplicações, como seria o serviço e, logicamente, como melhorar a experiência do usuário neste ciclo", disse o diretor de tecnologia e inovação da TIM, Átila Xavier, em entrevista exclusiva ao TELETIME.

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Durante a Futurecom 2024, Xavier, explicou que as provas de conceito (PoCs) miram a utilização de computadores para soluções que utilizam Inteligência Artificial (IA) e machine learning, como vídeo analytics ou modelos de linguagem grande (LLMs), por exemplo. 

Assim, a expectativa é que aplicações como o ChatGPT possam rodar diretamente nas máquinas, reduzindo o consumo de energia e aumentando a privacidade sobre os dados dos usuários. Um uso possível é de assistentes pessoais que auxiliam profissionais de TI a rodar códigos de programação.

Os testes começaram há cerca de um mês e meio e resultados práticos são aguardados até dezembro. Uma segunda etapa será as parcerias com os diferentes players da cadeia de tecnologia, como os fabricantes de notebooks, os fornecedores de aplicações e de software.

Para o diretor da TIM, porém, há um grande espaço no segmento B2B, seja nas próprias empresas ou em clientes das companhias.

Outro ganho, de acordo com o executivo, é a evolução de performance. "A partir do momento que você tem um notebook conectado a uma rede móvel, principalmente ao 5G, em que a velocidade é muito maior, você começa a se libertar daquela questão de chegar nos lugares e buscar a senha do Wi-Fi. E isso possibilita baixar outros conteúdos e até outras aplicações em qualquer lugar, com um desempenho muito superior", diz.

Segundo o especialista em telecomunicações da Intel, Roberto Corrêa, a maioria dos vídeos trabalham, hoje, com 30 frames por segundo. Nessa linha de testes com a TIM, acrescenta ele, houve um aumento de 95% na quantidade de frames por segundo e redução da latência em 40% – dois aspectos fundamentais para aplicações em LLMs.

"Obviamente, sabemos que há grandes fornecedores de softwares prontos para utilizar nossas NPUs. Do ponto de vista da TIM, tem um caminho para atender o usuário final com um software embarcado e a rede 5G, o que não há no mercado, pois atende o cliente com todas essas soluções em um só canal", afirma. 

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