TIM confirma contratação do Bradesco, mas nega intenção de oferta pela Oi

Em resposta a pedido de esclarecimentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), citando rumores publicados na imprensa na semana passada, inicialmente pela agência de notícias Bloomberg, a TIM Participações emitiu nesta quarta-feira, 8, um comunicado ao mercado esclarecendo a contratação do Bradesco para analisar uma possível oferta pela Oi. A operadora, por meio do diretor de relação com investidores, Rogério Tostes, confirma que acionou o banco para fazer a prospecção, mas procura minimizar a especulação ao dizer que se trata de uma "atividade rotineira" para avaliar "alternativas estratégicas para o desenvolvimento do negócio". Mas também não desmente um possível interesse. 

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Segundo a TIM, nessas situações é comum a contratação de "diversas consultorias financeiras, inclusive a do banco de investimentos Bradesco". A empresa ressalta que essa movimentação "não constituiu nenhum mandato para avaliação de oferta de compra da Oi, limitando-se ao fornecimento de informações de mercado e suas implicações para a Companhia dadas as diversas alternativas estratégicas possíveis". Mas também não descarta tais opções: Tostes finaliza o comunicado dizendo que a operadora "segue atenta a quaisquer oportunidades potenciais e se compromete a prestar tempestivamente as devidas informações aos acionistas e ao mercado sempre que existir qualquer fato relevante".

O comunicado da TIM é divulgado em meio à forte especulação do mercado após a saída de Zeinal Bava da presidência da Oi, oficializada na noite da terça-feira, 7. A reportagem da Bloomberg da última sexta-feira, 3, cita fontes próximas às negociações para uma proposta pela Oi – ainda em processo de fusão com a Portugal Telecom e que se encontra em uma situação financeira complicada face a um endividamento líquido de cerca de 14 bilhões de euros – mais de três vezes superior a seu valor de mercado (4,5 bilhões de euros) – e alta alavancagem. Tal situação financeira deixou a Oi de fora do leilão de 700 MHz para o 4G realizado pela Anatel na semana passada e a ausência da operadora do certame pode inferir justamente um caminho de fusão com outra operadora brasileira que já tenha adquirido as frequências ou ainda a aquisição por um operador internacional – que poderia recuperar o espectro de 700 MHz em futuro leilão.

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