Mobile banking enfrenta barreiras nos EUA e no Brasil

Apesar de estarem se tornando cada vez mais estratégicos para bancos, operadoras de celular e de empresas de cartões de crédito, os serviços de mobile banking, transações bancárias feitas pelo celular, ainda não são unanimidade entre os correntistas americanos.

Uma pesquisa realizada pela Morpace nos Estados Unidos revelou que apenas um em cada dez adultos realiza transações bancárias ou consulta informações, como saldos e extratos de contas correntes, aplicações financeiras, entre outras, por meio de telefones celulares.

Além disso, o estudo mostra que dois terços dos correntistas pesquisados são céticos em relação à segurança do uso de celulares nessas transações ou desconhecem se os seus bancos têm serviços móveis disponíveis.

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Mas esse cenário não é apenas nos EUA. No Brasil, a realidade é muito parecida, segundo o analista Julio Püschel do Yankee Group. Ele observa que como os serviços de mobile banking são muito parecidos com o de internet banking, as pessoas optam por utilizar este último por questões culturais e de comodidade.

"Quando os serviços de mobile banking passarem a oferecer diferenciais em relação ao internet banking, o mercado tende a ser mais amplo e o número de transações e utilização do m-banking tende a crescer", avalia Püschel. Ele diz que a barreira cultural em relação à segurança desse tipo de serviço tem caído consideravelmente, e não chega a ser um grande limitador hoje. "Acho que se deve à falta de divulgação e da oferta de vantagens em relação ao internet banking que inibe o crescimento da utilização do mobile banking", disse.

Entre as alternativas para a expansão do mobile banking, Puschel cita o uso como uma agência móvel, visando atrair clientes que hoje não têm conta em banco. "Com isso, a pessoa faria todos tipos de transações, consultas e resoluções pelo celular, e as confirmações poderiam vir por meio de SMS, que é um serviço relativamente barato", observou.

No Brasil, grandes bancos como Bradesco, Banco Real, HSBC, entre outros, já oferecem serviços de mobile banking em parceria com as operadoras de celular. "Mas esse serviço acaba se tornando uma alternativa apenas para consultas para quem utiliza o internet banking, funcionando como um recurso complementar. Os serviços de mobile banking que os bancos oferecem atualmente são restritos. Agora, se partirem para a 'bancarização' via celular terão um grande potencial de crescimento", afirmou Püschel.

Em relação ao mobile payment, já usado pela Oi, com o Oi Paggo, pela Claro, em parceria com o Banrisul, e, mais recentemente, pela Visa, que junto com o Banco do Brasil lançou o Visa Pay, o analista acredita que o mercado é muito mais promissor. "Essa aplicação tende a se massificar, é uma facilidade para as pessoas e gera um grande valor na hora de realizar compras", enfatizou.

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