Publicidade
Início Newsletter Volatilidade das ações da Oi é justificada por Rodrigo Abreu

Volatilidade das ações da Oi é justificada por Rodrigo Abreu

Foto: Pexels

O desempenho da Oi no mercado acionário é endereçado pelo presidente da companhia, Rodrigo Abreu, em especial com dois fatores: a característica dos investidores pessoa física e o próprio entendimento do mercado em relação ao plano de reestruturação. Sobretudo, há de se considerar a Nova Oi como não apenas a operação resultante após todos os desinvestimentos, mas também o que a companhia poderá obter ainda com a participação na V.Tal (antiga InfraCo).

A capacidade de gerar uma margem de 40 a 50% do EBITDA da V.tal (que deverá ser de até R$ 60 bilhões, segundo prevê o executivo), com múltiplos de 10 a 15x, também deve ser um fator para gerar mais valor de volta à Oi. Além disso, a V.Tal tem a possibilidade de oferecer crescimento em receitas também. Isso deveria ser levado em conta, acredita ele, pelo mercado. 

Ele argumenta ainda que o segmento de telecomunicações tem um perfil longo para mostrar resultados. O próprio andamento da recuperação judicial seria a prova. “A diferença da RJ tradicional é que, nessas, muitas vezes é uma liquidação disfarçada. Na Oi não vai ser isso, vamos ter estrutura para ser sustentáveis, seja na V.Tal com participação, seja na base de futuro sustentável”, afirma.

Notícias relacionadas

Perfil

O fato de a companhia estar em recuperação judicial também traz consequências. Segundo Abreu, isso impede a participação de fundos soberanos como acionistas, e acaba deixando a companhia com um perfil de investidor pessoa física. “O percentual de PF é alto na nossa companhia, tem volatilidade que realmente talvez não tenha nada a ver com o nosso ‘underline’.”

No caso dos acionistas, Abreu diz que muito das volatilidades ocorreu por conta de “eventos” – ou seja, acontecimentos específicos e com grande impacto na empresa, como a aprovação do aditamento ao plano de recuperação judicial e os processos de vendas de ativos da Unitel, da Oi Móvel e da InfraCo. 

“Daqui para frente, os eventos serão menores e menos significativos. O que tem que acontecer [para os papéis voltarem a se valorizar] é uma sequência de bons resultados operacionais e, depois de certo tempo, resultados em números que mostrem que o plano está sendo trilhado”, declarou o executivo durante live promovida pela XP Investimentos nesta quarta-feira, 8.

Desde janeiro deste ano, as ações preferenciais (OIBR4) caíram 45,97%. Já as ordinárias (OIBR3) tiveram recuo ainda maior: 58,30%. 

DTH

Rodrigo Abreu diz que um desses eventos que poderão acontecer é a venda da unidade produtiva isolada da TV por assinatura via satélite, a TVCo. O executivo diz que a decisão de venda se dá por imaginar que o mercado não terá capacidade de abrigar muitos players, o que levará à consolidação. “Óbvio que estamos trabalhando também nesse possível evento no futuro”, diz, sem dar maiores detalhes se há interessados ou propostas informais.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile