A Oi comunicou ao mercado em fato relevante nesta quinta-feira, 8, a celebração dos instrumentos para o Novo Financiamento e a reestruturação de dívida previstos em seu plano de recuperação judicial.
A conclusão das operações nesta data estava marcada pela empresa, até por ser o prazo final dado por credores da Oi para as emissões. "Dessa maneira, a Companhia concluiu o processo de reestruturação de sua dívida, melhorando seu perfil de endividamento e obtendo liquidez adicional, conforme previsto no Plano", destacou a Oi, em fato relevante. Entenda a operação em três passos:
- O Novo Financiamento por parte de credores que optaram pela reestruturação de créditos foi subscrito pelo grupo, através da conversão de notas de empréstimo DIP (atualizado) que a Oi já detinha. Foram subscritos US$ 601,0 milhões pelos credores (sendo US$ 505 milhões para injeção na Oi, mais taxas de conversão do empréstimo DIP).
- Há também a componente do Novo Financiamento aberta a terceiros – no caso, a V.tal. Uma afiliada da operadora de infraestrutura do BTG (a BGC Fibra Participações) subscreveu integralmente de debêntures privadas da Oi, em um valor principal agregado de R$ 902,6 milhões – dos quais R$ 758,5 milhões vão para o caixa da Oi (ou US$ 150 milhões), reforçar a liquidez. Somada à tranche dos credores, o Novo Financiamento deve totalizar quase R$ 3,6 bilhões.
- Por fim, como resultado da reestruturação dos créditos de credores que participaram do Novo Financiamento, foram subscritas novas Notas Roll-Up no valor principal agregado equivalente a US$ 1,334 bilhão, o equivalente a R$ 6,75 bilhões em novos títulos para rolagem da dívida atual da Oi com o grupo
Após as operações, os atuais credores da Oi (que já tem representantes no conselho da tele) devem passar a deter até 80% do capital social da operadora, que também espera reestruturação de até 70% da dívida discutida no processo de recuperação judicial.