Juscelino anuncia consultas para novo marco legal da radiodifusão

Foto: Kayo Sousa / MCom

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, voltou a falar nesta terça, 8, em enviar ao Congresso uma proposta de um novo marco legal para a radiodifusão, anunciada primeiramente em abril deste ano. Em painel sobre TV 3.0 no SET Expo, que acontece nesta semana em São Paulo, realizada pela Sociedade de Engenharia de Televisão, o ministro afirmou que o governo prepara uma consulta pública para que todos contribuam na nova proposta de legislação para o setor de radiodifusão.

"Precisamos atualizar o que foi redigido em 1962 e construir uma proposta. Nossa gestão está determinada e espera ter muita contribuição da Abert, da Abratel e de todos", disse o ministro, mencionando as duas principais associações de radiodifusores do País. Ele lembrou que o marco legal de 60 anos ainda rege o setor, apesar de algumas atualizações realizadas posteriormente. A nova proposta deverá ser encaminhada ao Congresso Nacional ainda em 2023.

Mais cedo, na cerimônia de abertura da feira integrante do evento, Juscelino Filho disse que é "imprescindível a reinvenção do setor [de radiodifusão] para que continue a desempenhar papel relevante na vida do brasileiro" e que "a adaptação tecnológica e um imperativo", para essa reinvenção, mencionando o desenvolvimento do padrão de TV 3.0. No entanto, o ministro diz que o primeiro passo na reinvenção está em reconhecer que a competição entre os meios é saudável. É uma "oportunidade de aprimorar e diversificar os conteúdos oferecidos à população". "As novas gerações estão cada vez mais conectadas digitalmente. As emissoras de radiodifusão precisam abraçar essa realidade investindo em tecnologia e inovação", completou.

Notícias relacionadas

Ainda na abertura, elencou outras medidas que Ministério das Comunicações pretende entregar ainda em 2023. Além das consultas públicas sobre o marco legal, mencionou o prazo para regularização de outorgas; o decreto de deburocratização, com a revisão de outros decretos que regulam o setor; a migração de rádios para a faixa estendida do FM; um plano de novas outorgas de retransmissoras de TV digital; e o inicio da parceria com a Universidade de Brasília (UnB) para higienização de dados e gestão dos canais de radiodifusão por parte dos próprios radiodifusores. Lembrando que o Centro de Estudos do Direito, Economia e Tecnologias das Comunicações da Universidade de Brasília (CCOM/UnB) realizou um estudo, em 2022, sobre a atualização do marco legal, por encomenda do Ministério das Comunicações.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!