A Embratel promete iniciar comercialmente em outubro a operação de telefonia local. A demora se deve à necessidade de negociar acordos de interconexão com as demais operadoras e realizar testes na rede, explicou a vice-presidente de serviços locais da Embratel, Purificación Carpinteyro. A Anatel anunciou nesta quinta, 8, a entrega da autorização para prestação de serviços locais para a Embratel. A assinatura do contrato com a agência deve acontecer na segunda ou terça-feira da semana que vem.
Apesar da crise econômica e das dificuldades financeiras da empresa, a Embratel manteve o planejamento que já havia divulgado para os serviços locais. O foco da operadora, em uma primeira etapa, será o mercado corporativo e a atuação estará restrita a nove capitais: Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Recife. O marketing será centralizado inicialmente nas companhias que já são clientes da Embratel. De acordo com uma pesquisa da operadora, 80% dos seus clientes do mercado corporativo estariam interessados em usar os serviços da empresa em telefonia local. ?Vamos oferecer soluções inovadoras, agregando maior valor ao nosso serviço?, afirmou Carpinteyro, sem fornecer detalhes sobre que soluções seriam essas. Da mesma forma, as tarifas ainda não podem ser divulgadas, pois são informações estratégicas para o lançamento. Todavia, uma guerra de preços está descartada. A executiva admite, porém, que a falta da portabilidade numérica será uma barreira a ser enfrentada pela Embratel nesse novo mercado.
ADSL e mercado residencial
A empresa ainda estuda a possibilidade de oferecer no futuro serviços de ADSL e telefonia local para o mercado residencial. Ambos dependem, entretanto, de a Embratel conseguir o unbundling das redes das concessionárias locais. Paralelamente, a empresa vem conversando com a Net Serviços (ex-GloboCabo), na tentativa de firmar um acordo para uso da rede da operadora de TV por assinatura.
