No início de julho de 2022, uma pequena parcela dos moradores do Distrito Federal começou a experimentar a versão "pura" do 5G. Dois anos depois, agora em 2024, essa tecnologia já está com sinal ativo em 589 municípios espalhados pelas 27 unidades federativas do País, segundo dados da Anatel.
De acordo com a agência, eram 27,8 milhões de assinantes quinta geração de redes móveis, até o mês de maio. Isso representa cerca de 10% da base móvel nacional.
Também nestes dois anos, o número de smartphones 5G homologados pela Anatel no Brasil alcançou a marca de 195. Entre esses, 54 são da Samsung; 33 da Motorola; 20 da Xiaomi; e 17 da Apple. Do início de 2024 até o começo deste mês de julho, a agência certificou 70 novos aparelhos desse tipo.
Já em termos de velocidades, o 5G encerrou o segundo trimestre com média de 443,35 Mbps no download, segundo informação do Acordo de Cooperação Técnica firmado pela Anatel com a empresa de medições Ookla. Este foi o segundo trimestre seguido de queda no indicador, que encerrou 2023 com velocidade média de 449,9 Mbps.
Estações
Quando se consideram as faixas de frequências de 2,3 GHz e 3,5 GHz, o número de cidades com pelo menos uma estação rádio base (ERB) 5G licenciada sobe para 815.
A TIM é a operadora com o maior número de ERBs 5G instaladas no Brasil, com 8,4 mil equipamentos na faixa de 3,5 GHz. Em seguida, aparece a Claro com 7,4 mil ERBs nessa faixa, seguida pela Vivo (5,2 mil).
Já a Algar tem 120 antenas, concentradas em um grupo de 16 cidades do interior dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. A Unifique tem o menor número de ERBs 3,5 GHz instaladas: 14, em quatro municípios catarinenses.
Já quando se analisa o 5G no Brasil olhando também para a faixa de 2,3 GHz, os números de equipamentos mudam um pouco. Além disso, há a entrada de outra prestadora: a Brisanet, com 1.075 estações com 5G operando na faixa.
Market share
Em acessos 5G, a Claro lidera com estreita folga em relação aos números da segunda colocada Vivo. A primeira tem market share de 37,2%, contra 37,1% da concorrente.
Dona do maior número de antenas 5G no Brasil, a TIM tem pouco mais de 7 milhões de assinantes na quinta geração de redes móveis, ou 25,6% do share. Nesta segunda, contudo, a empresa destacou ter sido "a única operadora a ganhar participação no mercado em 12 meses, com aumento de 3.1 p.p" no período.
Empresa | Acessos | Participação de Mercado |
CLARO | 10.389.279 | 37,2% |
VIVO | 10.367.361 | 37,1% |
TIM | 7.137.423 | 25,6% |
UNIFIQUE | 17.332 | 0,1% |
BRISANET | 3.285 | – |
Tecnologias anteriores
A chegada do 5G também mexeu com os números das outras gerações móveis no mercado nacional, pois foi a única tecnologia com salto de acessos no Brasil nos últimos dois anos.
O 4G, por exemplo, perdeu 19,8 milhões de acessos entre maio de 2022 e maio de 2024. O 3G e o 2G tiveram reduções parecidas para o mesmo período, com cerca de 6 milhões a menos cada.
O 5G no Brasil, no entanto, passou recentemente a crescer menos do que o 4G. De acordo com levantamento da consultoria Teleco, em dezembro de 2023, o Brasil tinha 20 milhões de celulares 5G – o que correspondia a 2 milhões de acessos a mais do que o 4G tinha no mês equivalente desde sua estreia no País.
Já em maio de 2024, o número de celulares 5G ficou em 28 milhões, ou 2 milhões a menos do que o 4G possuía no mesmo período desde o início da operação da quarta geração no Brasil.
Compromissos
O Edital do 5G, que fixou as regras da licitação realizada no final de 2021, estabeleceu algumas metas e compromissos para implantação da rede no País. Desde 2022, as operadoras que venceram o leilão cumpriram mais de 70% do cronograma de implantação previsto para 2025.
O Edital de licitação, por exemplo, exigia a ativação de 6.402 ERBs em capitais, na faixa de 3,5 GHz, até o segundo semestre deste ano, para as prestadoras vencedoras do certame. Hoje, o número de estações licenciadas em capitais ultrapassou essa meta, atingindo 21.341 estações.
Segundo a Anatel, isso representa uma densidade de 4,16 estações para cada 30 mil habitantes, bem acima da meta de 1,25 exigida pelo Edital. A quantidade atual de estações licenciadas já supera os compromissos de adensamento definidos para julho de 2025.
O cronograma da agência também prevê que todas as cidades brasileiras tenham 5G até julho de 2030.
Lei de antenas
No entanto, menos de 10% dos municípios no País têm leis de antenas em conformidade com a legislação federal e capazes de facilitar o lançamento da infraestrutura 5G.
"Nosso investimento é um dos mais significativos do País, mas em muitas cidades enfrentamos desafios para instalar antenas, que são essenciais para o funcionamento do 5G. As cidades precisam atualizar suas leis municipais para alinhá-las à Lei Geral de Antenas, permitindo um licenciamento mais rápido e simplificado", afirmou Marcos Ferrari, presidente-executivo da Conexis, que agrupa as principais teles do País.
É uma piada. A Tim, dona da maior quantidade de ERBs com 5G ainda não liberou a rede NR para clientes pré, que ficam presos ao DSS.
Para que comemorar tanta performance de rede 5G se a franquia média de tráfego mensal é tão baixa que seria consumida em meros 20 segundos?
Esses acessos 5G, são em 5G SA ou 5G NSA? Porque meus aparelhos nunca registram em 5G SA.