A TIM Participações pagará R$ 1,6 bilhão pela compra de todos os ativos da AES Atimus, braço de telecomunicações do grupo Brasilianas, formado pela norte-americana AES Corp, que detém particiação de 46,2% na holding, e pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que detém a maior parte do capital do grupo com sua participação de 53,8%. De acordo com a TIM, o dinheiro usado na operação sairá do caixa próprio da operadora.
Conforme a TIM, o negócio dará a fôlego à empresa na disputa com gigantes como Oi, Telefônica e Embratel, criando um dos maiores backbones do País, com mais de 30 mil quilômetros (km) de fibras em todo o território nacional: hoje a AES Atimus tem 5,5 mil km de fibras espalhadas por 21 cidades entre São Paulo e Rio de Janeiro; enquanto a Intelig, comprada pela TIM em 2009, tem mais de 28 mil km de fibras no País.
As redes ópticas da Intelig Telecom e da AES Atimus no Rio de Janeiro e em São Paulo encontram-se disponíveis para download na homepage do site TELETIME.
Sinergias
O negócio firmado entre TIM e Brasilianas promete gerar economias próximas a R$ 250 milhões até 2012. No entanto, ao fechar o negócio, a empresa mira sinergias de até R$ 1 bilhão nos próximos três anos, disse Luca Luciani. "Hoje somos clientes da AES Atimus em alguns locais e deixaremos de ser para ter a rede nossa; além disso, em alguns casos vamos deixar de alugar capacidade de outras operadoras para usar essa nova rede".
Segundo a TIM, está em jogo a conquista de oito milhões de residências no varejo das telecomunicações e meio milhão de novos clientes e corporativos, que serão atraídos pelas ofertas de Internet em banda larga da empresa.
Captação
Embora a empresa disponha de caixa para comprar os ativos de Telecom do grupo AES, o presidente da TIM disse que considera a possibilidade de fazer uma captação para reduzir a dívida líquida da empresa, na casa dos R$ 1,6 bilhão. "Precisamos pensar se vale a pena fazer alguma coisa para otimizar a estrutura de capital da companhia", afirmou. Hoje o endividamento da TIM é 34,6% menor do que o registrado no primeiro trimestre do ano passado.