Advogados não lamentam acordo judicial para viabilizar BrOi

A prisão de Daniel Dantas e de outros executivos do grupo Opportunity pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira, 8, não desfez a certeza de advogados que trabalharam na fusão entre Oi e Brasil Telecom (BrT) de que era mesmo necessário um acordo para pôr fim ao litígio judicial entre o banco de Dantas e a operadora. "A prisão de Dantas e os motivos das ações que movíamos contra o Opportunity são completamente diferentes. No nosso caso, eram apenas ações cíveis. Se mantivéssemos os processos, eles levariam ainda de cinco a dez anos para serem concluídos", explica um advogado. Outra fonte que trabalhou para a realização do acordo concorda: "a perda de valor da BrT seria enorme se continuássemos com a disputa na Justiça. Não dá para pensar com a cabeça quente nessas horas", analisa. Além disso, as duas fontes lembram que o Opportunity estava bem posicionado em alguns processos específicos, como o que envolvia o "umbrella agreement", um acordo que dava poder ao Opportunity para votar pelos fundos de pensão nas assembléias da cadeia societária da BrT mesmo se fosse afastado da gestão dos fundos de investimento que detinham as ações da operadora.
Mas nem todos concordam que o fim dos processos foi a melhor escolha. Uma terceira fonte ouvida por este noticiário e ligada aos fundos de pensão entende que a decisão foi "errada e precipitada".

Carla Cico

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Prosseguem apenas as ações da BrT contra Carla Cico, antiga presidente da operadora durante a gestão do Opportunity. "Ela não aceitou fazer um acordo", revelou um dos advogados. São diversos processos contra a executiva, inclusive um sobre a compra de jatinhos pela Telemig que, na verdade, seriam usados por executivos do Opportunity. De acordo com fontes do mercado, Carla estaria agora vivendo na Ásia e trabalhando para uma operadora de telefonia de lá.

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